Fotografar aves pelágicas é um
dos maiores desafios de um fotógrafo de vida selvagem. O maior risco é que a
máquina apanhe com água salgada. A água salgada corrói os sistemas eletrónicos,
comprometendo o normal funcionamento da máquina. Por isso, todos os cuidados
são poucos quando se sai para fotografar aves pelágicas. Depois de todos os
cuidados assegurados, é finalmente altura de aproveitar e fotografar aves que
apenas se deslocam a terra para nidificar.

O ganso-patola (Morus bassanus) é uma das aves pelágicas
mais extraordinária. A primeira extraordinária característica que apresenta é a
enorme diferença entre os indivíduos adultos e os juvenis. Os adultos
apresentam uma plumagem pura branca, no entanto, os juvenis possuem uma
coloração escura com pintas brancas. Só ao 5º inverno é que os indivíduos atingem
a plumagem de adulto, perdendo a coloração escura aos poucos. A outra
extraordinária característica é que desde que levantam voo pela primeira vez e
até voltarem a pisar terra podem passar mais de 4 anos. Isto significa que a
ave fica 4 anos a deambular em alto mar, sobrevivendo às piores tempestades de
inverno.

A procura de alimento é também
uma tarefa difícil. A maioria das vezes servem-se dos companheiros mamíferos marinhos,
estes reúnem cardumes de peixes à superfície, ficando à mercê dos ataques dos
gansos-patolas. E aqui está a última extraordinária característica. A forma
como mergulham na água para pescar. Esticando as asas para trás, ficando
semelhantes a um míssil. Desta forma, conseguem atingir maior profundidade que
as outras aves.
As saídas pelágicas foram realizadas com a Cape Cruiser, empresa especializada em Observação de Cetáceos e de Aves Marinhas, durante o Festival de Observação de Aves da SPEA em Sagres.
empresa especializada em Observação de Golfinhos e Baleias, Observação de Aves Marinhas,