sábado, 9 de junho de 2012

Abelharuco-comum

Merops apiaster (Linnaeus, 1758)


    Há muito que ambicionava fotografar abelharucos, muitas tentativas frustradas e muito pouco sucesso. Aos poucos e poucos lá vou conseguindo fotografias 1 centímetro mais perto e mais perto, mas nenhuma fotografia sai como eu gostaria. Horas "perdidas" no campo à procura deles carregado com a máquina, o abrigo e o tripé, muita coragem e vontade, mas muito pouca sorte. Ultimamente as aves não querem nada comigo. Se vou de carro fogem quando ainda estou a 30 metros delas, com o abrigo gozam comigo e ficam atrás do abrigo e não à frente (entre mim e o sol), chamamentos também não resultam e colocar comida também não tem levado a nada (aparecem quando eu não estou). A minha sorte com as aves este ano é zero, algo a que já me habituei e nem fico chateado, limito-me a dizer: "são sempre a mesma coisa" e sigo caminho.




    Os abelharucos fogem-me há alguns anos, mas aqui para os lados do Alentejo parece ser mais fácil observá-los, mas e fotografá-los? Nada disso, isto é enorme!!! É difícil descobrir onde vão estar amanha e ninhos? Nem vê-los. A maioria das propriedades é privada, maioria? Disparate! São todas!!! Isto torna difícil saber onde podemos caminhar para observar aves. As estradas de acesso encontram-se com portões e fechadas, embora muitas delas sejam de serventia e de acesso livre supostamente. Na herdade da Mitra posso andar à vontade, mas os abelharucos estão precisamente na herdade ao lado. Pedir autorização é sempre necessário, mas a quem? Como descubro o proprietário? Só invadindo a propriedade e rezar não levar nenhum tiro, depois explico a situação e sou corrido a pontapé!!! Poucos são os que permitem tal coisa, um maluco a observar passarinhos? Ainda por cima cheio de camuflagens? Fora do meu terreno, ele anda aqui é a espiar e a roubar!!





    Mas finalmente consegui umas fotografias perto dos abelharucos, enquanto ia na estrada apanhei um bando parado nos fios, não é a situação ideal, mas com o azar que tenho tido ultimamente confesso que já fiquei contente.

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