O grifo (Gyps fulvus)
é uma necrófaga de grande porte, mais pequena que o abutre-preto (Aegypius monachus). Alimenta-se de
carcaças de mamíferos de médio ou grande porte (mortos), preferindo os músculos
e as vísceras. Estes podem ser selvagens (veado, gamo, javali) ou domésticos
(vacas, cabras, ovelhas, porcos). Procura alimento em zonas abertas com poucas
árvores onde consegue aterrar e levantar em segurança. Prefere planícies,
montanhas ou planaltos montanhosos e evita zonas florestadas ou com densa
vegetação, tal como zonas húmidas.
Na região da ZPE Moura-Mourão-Barrancos é comum observar
colunas de grifos a rodopiar, apanhando as correntes ascendentes de ar quente
que se formam pela manhã. Raramente batem as asas, preferindo planar longas distâncias
sem consumir energia necessária ao voo normal. Dormem em grupo em escarpas ou
em afloramentos rochosos montanhosos. Por vezes, estes locais correspondem aos
locais de nidificação ou perto dos locais de alimentação. Levanta voo com o
aumento da temperatura que cria as necessárias correntes ascendentes, propícias
para planar.
CAMPANHA ZERO POISON FOR LIFE
O uso ilegal de venenos para
controlar populações de predadores permanece uma prática corrente e silenciosa
que afeta todos os anos centenas de animais domésticos e selvagens, muitos
destes últimos com elevado estatuto de conservação.
O CEAI é uma Organização Não Governamental de ambiente, sem
fins lucrativos, sediada em Évora, no sul de Portugal. Fundado a partir do
entusiasmo e pela paixão pela natureza de um grupo de jovens, o CEAI tem hoje
mais de 20 anos de existência e é responsável pela implementação de diversos
projetos de conservação da natureza, caracterizados pelo forte envolvimento das
comunidades locais e na compatibilização das atividades humanas com a
preservação do património natural.
Apesar dos efeitos nefastos sobre
o homem e a natureza, o uso de venenos como método de controlo das populações
de predadores foi durante muitos séculos uma prática legal. Hoje em dia este
método é considerado ilegal, devido à sua não seletividade, às consequências
imprevisíveis que tem e à existência de alternativas.
O cão, a raposa, o abutre preto,
a águia imperial ibérica, o milhafre real ou o lince ibérico, são apenas alguns
dos animais particularmente sensíveis ao uso de venenos.
Mais informações sobre a campanha
em: http://www.indiegogo.com/projects/zero-poison-for-life
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