GUIA DE FAUNA DA TAPADA DA AJUDA

Todos os posts relativos ao meu livro GUIA DE FAUNA DA TAPADA DA AJUDA! Desde "Como Comprar", a todas as notícias e entrevistas que sairam relativamente ao guia. Se necessitar de mais informações basta entrar em contacto através do e-mail onwild@dophotography.net. Muito obrigado a todos.

MINI-ARTIGOS SOBRE AS ESPÉCIES

Nesta secção encontram-se mini-artigos sobre as espécies, de forma sucinta e clara, ficamos a conhecer um pouco mais sobre a nossa fauna. Ilustrados com as melhores fotografias da espécie.

AS MINHAS MISSÕES

Ao contrário dos artigos, nas missão explico como consegui fotografar as espécies (ou observar). O que sofri e as peripécias para as conseguir fotografar tranquilamente e sem as perturbar.

TRUQUES E DICAS

Nesta secção poderá encontrar alguns truques e dicas sobre fotografia de vida selvagem e de natureza, desde as técnicas utilizadas na máquina como algumas das técnicas utilizadas no terreno.

ABRIGOS

Para além dos vários truques, existem também alguns abrigos já montados que podemos frequentar em Portugal e outros tantos em Espanha. Serão apenas colocados abrigos que tenha frequentado.

UM MÊS...UMA AVE

A Fundação Calouste Gulbenkian com o apoio científico da Fundação Luis de Molina e da Universidade de Évora apresenta nos jardins da fundação em Lisboa o projeto "UM MÊS...UMA AVE". Todos os meses foi apresentada uma espécie presente nos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian. A lista de espécies do primeiro ano está terminada.

Canal Youtube onWILD

Novo canal no youtube destinado apenas a filmagens de vida selvagem. Subscrevam.

Definições Canon 7D Mark II

As definições que utilizo na minha máquina para a fotografia de aves.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Artigo: Grou

https://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157628263456361
Os grous (Grus grus) podem chegar a medir 245 cm de comprimento de asas. Esta grande e elegante ave forma grandes bandos durante o inverno. Esta tática permite que as aves percam menos tempo a vigiar por sinais de perigo (predadores) e disponham de mais tempo para procurarem alimento. O número elevado de grous significa mais cabeças a vigiar, por isso, podem alimentar-se durante mais tempo mas mantendo o mesmo nível de segurança. No entanto, grandes bandos de aves levam ao aumento dos conflitos entre indivíduos pelo acesso aos melhores locais de alimentação.
https://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157628263456361

Reproduzem-se no norte da Europa, e a migração toma dois rumos. Parte da população migra para a região este do mar mediterrânico e a outra parte da população migra para oeste do mar mediterrânico. Mais concretamente, as regiões da península ibérica e norte de África. A migração ocorre para escaparem aos invernos rigorosos do norte da Europa, na busca de melhores condições de alimentação. Chegam a concentrar-se cerca de 3000 aves em todo o território nacional. A maioria destas aves instala-se na região alentejana, perto da fronteira com a Extremadura espanhola.
https://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157628263456361
 

Procuram zonas cultivadas, pousios, pastagens naturais e montados, geralmente zonas pouco densas e com poucos matos. Locais onde se podem alimentar de matéria vegetal. Os principais alimentos ingeridos consistem em raízes, rizomas, tubérculos, folhas, caules e sementes. Na região alentejana alimentam-se preferencialmente de bolotas e de cereais. Podem também alimentar-se de invertebrados e anfíbios. Nas áreas de reprodução chegam a incluir na sua dieta pequenos mamíferos, peixes, ovos e crias de aves. Os grous tendem a concentrar-se nos locais mais favoráveis e com melhores condições de alimentação. Sendo fiéis aos locais, regressando ano após ano.

https://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157628263456361
Ao cair da noite os bandos concentram-se num mega bando para voarem em segurança para os dormitórios. Chegam a concentrar-se mais de 400 indivíduos num único bando. Estes locais são frequentemente associados à água, como açudes e charcas pouco profundas. Locais tranquilos. Longe de casas ou estradas. Com boa visibilidade. Declive pouco acentuado e pouca vegetação. Preferindo margens pouco profundas de rios ou albufeiras, onde pernoitem em grandes bandos e em segurança. 
https://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157628263456361
Fotografar os grous é uma tarefa complicada. É difícil aproximarmo-nos o suficiente ou escolher o local adequado para colocar um abrigo fotográfico. Pois eles escolhem os locais de alimentação consoante lhes dá na cabeça. Nunca regressam no dia seguinte, mas podem regressar dois ou três dias depois. Adivinhar esse dia pode ser complicado.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Artigo: Cobra-lisa-meridional

https://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157629518657624
 
As serpentes não são os animais mais fofinhos e mais adorados. Talvez as aves e alguns mamíferos desempenhem melhor este papel. As serpentes também não trazem público, aliás acho que afastam o público dos blogs e das galerias de fotografias. É intrínseco o medo pelas serpentes, quer seja por demasiados documentários sobre serpentes gigantes ou pelos mitos passados de geração em geração. Mas como eu não gosto de seguir as tendências, aqui vai mais um artigo sobre uma serpente.
 
https://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157629518657624

Neste caso sobre a cobra-lisa-meridional (Coronella girondica). Este ofídio de pequeno tamanho atinge apenas os 70 cm de comprimento. Possui hábitos crepusculares ou noturnos, permanecendo debaixo de pedras durante o dia. Pode ser observada durante o dia com céu nublado e às primeiras horas da manhã. O pico de atividade ocorre entre março e novembro, embora permaneça o ano todo ativa.
 
https://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157629518657624

A biologia reprodutiva é desconhecida. Os adultos alimentam-se de lagartos, osgas, fura-pastos e pequenas cobras, no entanto os juvenis alimentam-se de insetos e outros invertebrados. Esta espécie possui vários predadores, aves de rapina (como a águia-cobreira e a águia-de-asa-redonda), outras cobras (cobra-de-escada, cobra-rateira e víbora-cornuda) e alguns mamíferos (javali e pequenos carnívoros). É uma espécie pacífica que raramente morde (sendo inofensiva). O mecanismo de defesa é a secreção de uma substância de odor desagradável expelida pela glândula cloacal.

https://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157629518657624

https://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157629518657624

https://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157629518657624

segunda-feira, 10 de março de 2014

Anilhagem LabOr (Laboratório de Ornitologia da Universidade de Évora)

A equipa do Laboratório de Ornitologia (LabOr) da Universidade de Évora realiza na Herdade da Mitra em Évora uma estação de anilhagem de esforço constante.
 
 
Anilhagem das andorinhas-dos-beirais (Delichon urbicum):
 
http://www.flickr.com/photos/the_rock_7
 
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Anilhagem educacional com estudantes das licenciaturas e mestrados da Universidade de Évora. 
 
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Estação de esforço constante, com anilhagens regulares.
 
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Algumas das espécies anilhadas:
 
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Recolha de parâmetros biométricos das aves anilhadas:
 
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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Um Mês....Uma Ave

http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157635165472673/with/12499672744/

A Fundação Calouste Gulbenkian com o apoio científico da Fundação Luis de Molina e a Universidade de Évora apresenta nos jardins da fundação em Lisboa o projeto "UM MÊS....UMA AVE".
 
Todos os meses foi apresentada uma espécie presente nos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa. Galeria com todas as espécies.

Lista ordenada das espécies:
A ave do mês de Março de 2013: Melro - Turdus merula.
http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157626701277479/with/9563476432/
 
A ave do mês de Abril de 2013: Chapim-azul – Cyanistes caeruleus.
http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157626701620573/with/9560693275/
 
A ave do mês de Maio de 2013: Toutinegra-de-barrete-preto – Sylvia atricapilla.
A ave do mês de Junho de 2013: Carriça – Troglodytes troglodytes.
A ave do mês de Julho de 2013: Goraz – Nycticorax nycticorax.
A ave do mês de Agosto de 2013: Galinha-de-água – Gallinula chloropus.
A ave do mês de Setembro de 2013: Papa-moscas-preto – Ficedula hypoleuca.
http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157626701322475/with/9695018824/
 
A ave do mês de Outubro de 2013: Gaio – Garrulus glandarius.
http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157636396295316/with/10190969824/
 
A ave do mês de Novembro de 2013: Felosa-comum – Phylloscopus collybita.
A ave do mês de Dezembro de 2013: Pisco-de-peito-ruivo – Erithacus rubecula.
A ave do mês de Janeiro de 2014: Trepadeira-comum – Certhia brachydactyla.
A ave do mês de Fevereiro de 2014: Estrelinha-real – Regulus ignicapillus.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

A Ave do Mês de Fevereiro: Estrelinha-real

Galeria Flickr da Estrelinha-real

A ave do mês de Dezembro nos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian foi a estrelinha-real (Regulus ignicapillus), uma pequena ave de difícil observação, pois prefere permanecer por entre densa vegetação. O seu canto agudo e monossilábico pode revelar a sua localização, especialmente nas zonas mais arborizadas dos jardins Gulbenkian.

http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157626701277479/with/9563476432/

domingo, 1 de dezembro de 2013

Ave do mês de Dezembro: Pisco-de-peito-ruivo

http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157626826186516/with/11251109235/
 
A ave do mês de Dezembro nos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian foi o pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula). Esta espécie euroasiática prefere zonas arborizadas como as dos jardins da Gulbenkian. De manhã cedo é possível ouvir vários piscos a cantarolar no topo das árvores, marcando o seu território de inverno.
 
http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157626826186516/with/11251109235/

http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157626826186516/with/11251109235/

http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157626826186516/with/11251109235/

http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157626826186516/with/11251109235/


sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Artigo: Sapo-de-unha-negro

http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157632638460707/with/10704868525/
O sapo-de-unha-negra (Pelobates cultripes) é um caso único na Península Ibérica. Este pequeno anfíbio possui uma característica muito especial, uma “unha negra” nas patas traseiras. A utilização desta unha é alvo de grande debate, por um lado pode ser uma ferramenta de um ancestral já inutilizada ou uma ferramenta utilizada para escavar para fugir a predadores. É uma espécie endémica da Península Ibérica abundante em zonas de montado e em habitats de solos arenosos.
http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157632638460707/with/10704868525/
Reproduz-se em charcas, lagos, charcos temporários ou poças da chuva de águas paradas e que mantenham um nível adequado de água durante alguns meses. De forma a permitir a conclusão do ciclo aquático e a correspondente metamorfose (transferência para terra). Estas massas de água devem ser livres de grandes predadores, como peixes ou o lagostim-vermelho-do-Louisiana. As primeiras chuvas de outono são o sinal ecológico para o início da reprodução. Começa assim uma migração para as charcas adequadas. As geadas e a neve que ocorre a Norte da Península Ibérica impossibilitam a reprodução, adiando-a para o começo da primavera (Fevereiro a Maio) quando as temperaturas aumentam e as chuvas continuam.
http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157632638460707/with/10704868525/
A principais ameaças são a contaminação e poluição das águas por produtos agrícolas ou pelo excedo de gado nos terrenos, mas também são ameaçados pela introdução de espécies exóticas (de peixes e do lagostim-vermelho-do-Louisiana) e pelo atropelamento durante as pequenas migrações até às melhores charcas ou entre charcas.
http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157632638460707/with/10704868525/

http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157632638460707/with/10704868525/

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Artigo: Grifo


Galeria do Grifo no Flickr
EXIF  f/8  1/800 seg. ISO-400  400mm

O grifo (Gyps fulvus) é uma necrófaga de grande porte, mais pequena que o abutre-preto (Aegypius monachus). Alimenta-se de carcaças de mamíferos de médio ou grande porte (mortos), preferindo os músculos e as vísceras. Estes podem ser selvagens (veado, gamo, javali) ou domésticos (vacas, cabras, ovelhas, porcos). Procura alimento em zonas abertas com poucas árvores onde consegue aterrar e levantar em segurança. Prefere planícies, montanhas ou planaltos montanhosos e evita zonas florestadas ou com densa vegetação, tal como zonas húmidas.

Galeria do Grifo no Flickr
EXIF  f/8  1/500 seg. ISO-400  400mm

Na região da ZPE Moura-Mourão-Barrancos é comum observar colunas de grifos a rodopiar, apanhando as correntes ascendentes de ar quente que se formam pela manhã. Raramente batem as asas, preferindo planar longas distâncias sem consumir energia necessária ao voo normal. Dormem em grupo em escarpas ou em afloramentos rochosos montanhosos. Por vezes, estes locais correspondem aos locais de nidificação ou perto dos locais de alimentação. Levanta voo com o aumento da temperatura que cria as necessárias correntes ascendentes, propícias para planar.

Galeria do Grifo no Flickr
EXIF  f/8  1/640 seg. ISO-400  400mm

CAMPANHA ZERO POISON FOR LIFE
O uso ilegal de venenos para controlar populações de predadores permanece uma prática corrente e silenciosa que afeta todos os anos centenas de animais domésticos e selvagens, muitos destes últimos com elevado estatuto de conservação.

Galeria do Grifo no Flickr
EXIF  f/8  1/640 seg. ISO-400  400mm

O CEAI é uma Organização Não Governamental de ambiente, sem fins lucrativos, sediada em Évora, no sul de Portugal. Fundado a partir do entusiasmo e pela paixão pela natureza de um grupo de jovens, o CEAI tem hoje mais de 20 anos de existência e é responsável pela implementação de diversos projetos de conservação da natureza, caracterizados pelo forte envolvimento das comunidades locais e na compatibilização das atividades humanas com a preservação do património natural.


Galeria do Grifo no Flickr
EXIF  f/8  1/500 seg. ISO-400  400mm

Apesar dos efeitos nefastos sobre o homem e a natureza, o uso de venenos como método de controlo das populações de predadores foi durante muitos séculos uma prática legal. Hoje em dia este método é considerado ilegal, devido à sua não seletividade, às consequências imprevisíveis que tem e à existência de alternativas.
O cão, a raposa, o abutre preto, a águia imperial ibérica, o milhafre real ou o lince ibérico, são apenas alguns dos animais particularmente sensíveis ao uso de venenos.
Mais informações sobre a campanha em: http://www.indiegogo.com/projects/zero-poison-for-life

Galeria do Grifo no Flickr
EXIF  f/8  1/500 seg. ISO-400  400mm