GUIA DE FAUNA DA TAPADA DA AJUDA

Todos os posts relativos ao meu livro GUIA DE FAUNA DA TAPADA DA AJUDA! Desde "Como Comprar", a todas as notícias e entrevistas que sairam relativamente ao guia. Se necessitar de mais informações basta entrar em contacto através do e-mail onwild@dophotography.net. Muito obrigado a todos.

MINI-ARTIGOS SOBRE AS ESPÉCIES

Nesta secção encontram-se mini-artigos sobre as espécies, de forma sucinta e clara, ficamos a conhecer um pouco mais sobre a nossa fauna. Ilustrados com as melhores fotografias da espécie.

AS MINHAS MISSÕES

Ao contrário dos artigos, nas missão explico como consegui fotografar as espécies (ou observar). O que sofri e as peripécias para as conseguir fotografar tranquilamente e sem as perturbar.

TRUQUES E DICAS

Nesta secção poderá encontrar alguns truques e dicas sobre fotografia de vida selvagem e de natureza, desde as técnicas utilizadas na máquina como algumas das técnicas utilizadas no terreno.

ABRIGOS

Para além dos vários truques, existem também alguns abrigos já montados que podemos frequentar em Portugal e outros tantos em Espanha. Serão apenas colocados abrigos que tenha frequentado.

UM MÊS...UMA AVE

A Fundação Calouste Gulbenkian com o apoio científico da Fundação Luis de Molina e da Universidade de Évora apresenta nos jardins da fundação em Lisboa o projeto "UM MÊS...UMA AVE". Todos os meses foi apresentada uma espécie presente nos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian. A lista de espécies do primeiro ano está terminada.

Canal Youtube onWILD

Novo canal no youtube destinado apenas a filmagens de vida selvagem. Subscrevam.

Definições Canon 7D Mark II

As definições que utilizo na minha máquina para a fotografia de aves.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Artigo: Goraz ou Garça-noturna

 
O goraz ou garça-noturna (Nycticorax nycticorax) passa os dias escondido em árvores, a alguns metros do seu local de alimentação. Aparecem junto aos locais de alimentação apenas durante a noite, quando nenhuma atividade humana os perturba. São aves migradoras e nidificam cerca de 50 casais em Portugal Continental.
 
Os adultos apresentam uma coloração acinzentada, pretos no dorso e no topo da cabeça e brancos na região do pescoço, apresentando os olhos com um vermelho vivo. Os juvenis possuem uma coloração acastanhada com pintas brancas e o olho apresenta uma coloração laranja, ao invés do vermelho dos adultos. São bastante diferentes dos adultos, no entanto, tanto o adulto como o juvenil são inconfundíveis.
 

Goraz adulto.



Goraz juvenil.


Alimentam-se de peixes, anfíbios e insetos, perseguindo-os em águas pouco profundas ou partir de um local estacionário sobre a água, também podem alimentar-se de crustáceos, répteis (cobras e lagartos), pequenos roedores, moluscos, aranhas, sanguessugas e outras aves juvenis. Podem capturar até 12 peixes com cerca de 90 gramas cada por noite. Alimentam-se em lagoas costeiras, em lagos interiores, em cursos de água, estuários, pântanos, pauis, açudes, barragens, charcas, lagoas, e por vezes em lagos oceânicos criados pelas marés nas praias.
 
É uma ave colonial durante a época de reprodução, nidificando em grupo no topo de árvores ou em grandes colónias juntamente com outras garças mais pequenas em florestas, matos altos, pântanos ou lagos, estes últimos servem também de local de alimentação. Por vezes nidificam em árvores nas avenidas das cidades, como é o caso da colónia que nidifica no Jardim Zoológico de Lisboa. Ambos os progenitores colaboraram na construção do ninho, na incubação e alimentação das crias durante três semanas após nascerem.
 
O macho recolhe os ramos e entrega-os à fêmea que depois os utiliza para construir o ninho. Colocam entre 3 a 5 ovos, que são depositados com dois dias de intervalo. O período de incubação demora entre 24 a 26 dias. Ambos os progenitores alimentam as crias, regurgitando os alimentos. Os juvenis abandonam a proteção do ninho passadas duas semanas, no entanto, ainda não sabem voar e por isso permanecem em ramos perto do ninho por mais três semanas, não se afastando do ninho. À 6ª ou 7ª semana já conseguem voar bem e seguem os progenitores até aos locais de alimentação.
 
A destruição do habitat tem sido a principal causa de desaparecimento, como a drenagem das zonas húmidas, o corte de árvores e a perturbação dos locais de nidificação.

Artigo: Cobra-de-capuz

 
A cobra-de-capuz, Macroprotodon cucullatus, é uma pequena cobra de hábitos secretos que possui uma distribuição dispersa pelo Norte de África, Ilhas Baleares e Península Ibérica. As espécies do género Macroprotodon são unicamente encontradas em regiões mediterrânicas. Na Península Ibérica ocorre a subespécie Macroprotodon cucullatus ibericus, proveniente do Norte de África através de colonizações naturais recentes, quer por via transmarina e também quando a ponte terrestre de Gibraltar se encontrava disponível.
 
 
Ocorre na metade Sul da Península Ibérica e é o colubrídeo mais pequeno da região europeia e um dos mais desconhecidos. Alimentam-se de outros vertebrados, principalmente outros répteis e os seus hábitos são ainda confusos e pouco estudados.
 

Habita zonas de matos com rochas, pois prefere permanecer debaixo das rochas, são geralmente regiões semiáridas. Também pode ser encontrada em áreas abertas de pinhais e montados.
 
 
 
As suas presas favoritas são de corpo longo (ou seja, um grande SVL – Snout-vent Lenght) que vivem enterradas ou debaixo de pedras. A cobra-cega, Blanus cinereus, é o seu alimento preferido, mas também se alimenta de fura-pastos-de-pernas-tridáctila (Chalcides striatus), fura-pastos-de-pernas-pentadáctila (Chalcides bedriagai), lagartixas (Psammadromus hispanicus e P. algirus), cobra-rateira (Malpolon monspessulanus), e alguns casos isolados de rato-das-hortas (Mus spretus) e pequenos artrópodes (gafanhotos e aranhas). A cobra-cega é uma espécie de hábitos diurnos e por isso, a cobra-de-capuz não poderá ser completamente noturna, mas sim de hábitos mistos. No entanto, o habitat dela é debaixo do solo, de pedras, em buracos ou tocas. Ela caça por emboscada, esperando as suas presas debaixo das pedras, quer elas sejam provenientes do exterior, como as lagartixas, ou do chão, como a cobra-cega. Uma análise mais aprofundada à sua retina indicia que a cobra-de-capuz seja diurna, embora também possua hábitos noturnos. 

 
 
Embora a cobra-cega seja semelhante em qualquer das pontas e não possua nenhuma escama pontiaguda, a cobra-de-capuz procura ativamente a cabeça da sua presa e começa a engolir sempre pela cabeça, um hábito comum em serpentes. Possui veneno com o qual imobiliza as suas presas, no entanto, ele é totalmente inofensivo para o ser humano. O veneno é inoculado pelos dentes posteriores do maxilar superior, ou seja, é opistóglifo. Ela injeta a sua secreção venenosa das glândulas de Duvernoy numa zona vital da sua presa para a matar (imobilizar) o mais rapidamente possível. Engolir uma cobra-cega ainda viva é impensável e perigoso, é um animal que possui uma forte musculatura no corpo. Ela morde principalmente a cabeça da cobra-cega.

 
O consumo de presas grandes é semelhante às serpentes altamente venenosas, as solenóglifos. No entanto, ela alimenta-se com pouca frequência e possui baixos requerimentos energéticos, no entanto, alimenta-se de presas com grande biomassa. Esta baixa taxa de alimentação será devido à sua tranquila vida? Ou devido à limitação de presas? Provavelmente serão necessários mais estudos sobre esta espécie, no entanto, no Norte de África ela alimenta-se do dobro das espécies que os indivíduos da Península Ibérica. Foram registados indivíduos a atravessar estradas entre as 20h e as 24h, evidenciando os seus hábitos noturnos, no entanto, a limitação das suas presas pode originar alguns hábitos diurnos.

sábado, 24 de agosto de 2013

Artigo: Abelharuco



 
Os abelharucos (Merops apiaster) são das aves mais vistosas em Portugal. A sua coloração é inconfundível e espetacular, em tons amarelos-avermelhados e com um ventre azulado.
 
 
 
É uma ave especial e interessante que sempre fascinou os cientistas. Os vários aspetos biológicos, ecológicos e de nidificação são pouco conhecidos devido à sua pequena distribuição no Sul da Europa, principalmente devido à localização dos ninhos em margens de rios e a dificuldade em observar os indivíduos.

 
São aves insectívoras e coloniais.
 

Por volta de Maio as aves chegam da migração e renovam ou constroem novos ninhos. A localização dos ninhos deve oferecer alimento, proteção dos predadores e proteção do clima. Os machos defendem os ramos perto dos ninhos onde ocorre o acasalamento e oferenda de comida. Durante a incubação os ovos nunca são deixados sozinhos, e ambos os progenitores se encarregam desta tarefa durante o dia, e à noite apenas a femea permanece a incubar os ovos.
 

Ambos os progenitores fornecem alimento às crias e por vezes são ajudados por um parente, normalmente, um juvenil do ano anterior. A alimentação é rica em insetos, principalmente Hymenoptera (abelhas), Odonatas (libélulas) e Lepidoptera (borboletas), mas também podem consumir Dipteras (mosquitos).

 
Prefere regiões áridas e semi-áridas, selecionando paredes arenosas. É uma das espécies com habilidade de modificar o habitat, isto porque ela é capaz de cavar grandes cavidades, no chão ou em paredes, onde vai nidificar, sendo um autentico engenheiro. Esta habilidade é importante porque aumenta o potencial dos agentes de erosão, é um bioperturbador, isto porque aumenta a biodiversidade ao providenciar recursos básicos (habitat) para outras espécies. Existem espécies que podem aproveitar estas cavidades, como a alvéola-branca (Motacilla alba), várias espécies de pardais (Passer sp), estorninhos-pretos (Sturnus vulgaris), poupa (Upupa epops) e outras espécies cavam e aumentam as cavidades como o mocho-galego (Athene noctua) e o rolieiro (Coracias garrulus).

 
A altura mais critica no ciclo de vida de uma ave é a migração, não so a ave tem de escolher a rota de migração para e dos locais de invernada mas também quando descansar, onde e por quanto tempo.

 

 
São aves migradoras, coloniais, capturam insetos em pleno voo e nidificam  em cavidades no final de profundos buracos, principalmente em arribas verticais ou extremamente inclinados. Eles cavam o buraco a cada época de reprodução, embora por vezes possam reutilizar ninhos antigos. Normalmente cavam 2 a 3 buracos iniciais de 60cm, até unirem esforços numa única cavidade que será o ninho. Estes buracos “iniciais” podem estar em diferentes estádios de desenvolvimento, muitos possuem as mesmas dimensões que as cavidades “ninho” e outros, não sendo tao grandes. Podem ser compridos o suficiente para servir de ninhos potenciais ou habitat “roosting” para outras espécies.
 
 

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A Ave do Mês de Agosto: Galinha-de-água

http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157626701244859/with/9560735613/
 
A ave do mês de Agosto nos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian foi a galinha-de-Água (Gallinula chloropus). Vagueiam nas bordas dos ribeiros e do grande lago nos jardins Gulbenkian. Por vezes aventuram-se pelos relvados, atrás de restos de comida deixada pelos pombos ou pelos patos-reais. Tímidas por natureza, assim que são descobertas fogem para o local seguro mais próximo, um bocado de vegetação rasteira é suficiente.
 
http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157626701244859/with/9560735613/
 
http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157626701244859/with/9560735613/
 
http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157626701244859/with/9560735613/
 
http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157626701244859/with/9560735613/
 
http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157626701244859/with/9560735613/

sábado, 1 de junho de 2013

A Ave do Mês de Junho: Carriça

http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157629649051335/with/9115124357/
 
A ave do mês de Junho nos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian foi a carriça (Troglodytes troglodytes). Rápidas e irrequietas, estes pequenotes tornam-se difíceis de observar. Sendo audíveis a grandes distâncias, para uma ave tão pequena como a carriça. Num dia primaveril é normal ouvir duas a três carriças nos jardins a discutirem umas com as outras.

http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157629649051335/with/9115124357/
 
http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157629649051335/with/9115124357/

http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157629649051335/with/9115124357/

sábado, 25 de maio de 2013

Artigo: Ouriço-cacheiro


EXIF  F/8  1/200  ISO-200
100mm  77cm  Flash

O ouriço-cacheiro (Erinaceous europaeus) é um dos mamíferos terrestres da região europeia mais peculiar, pois possui o corpo coberto de espinhos. Esta armadura, puramente defensiva, afugenta os predadores mais destemidos, conferindo-lhes uma excelente proteção. Estes pequenos mamíferos pertencem a uma das famílias mais velhas de mamíferos, possuindo ainda algumas características primitivas. Existem pelo menos 10 subespécies de ouriços-cacheiros atualmente conhecidas.


EXIF  F/8  1/125  ISO-200
100mm  44cm  Flash


Os ouriços-cacheiros possuem os órgãos olfativos mais desenvolvidos que os outros órgãos sensoriais, isto porque, o olfato é importante para localizarem as suas presas. Eles alimentam-se de insetos, maioritariamente, escaravelhos, lagartas de borboletas, milípedes, minhocas e gorgulhos. Devido à sua alimentação, os ouriços-cacheiros são aliados dos agricultores pois alimentam-se das pragas da maioria das colheitas, e não são uma praga ou peste como tem sido considerados ao longo dos tempos.

EXIF  F/8  1/500  ISO-200
100mm  77cm  Flash

 
Durante os meses de inverno algumas espécies de mamíferos baixam a sua temperatura corporal e o seu metabolismo, para reduzir o consumo de gorduras acumuladas. Para sobreviverem aos invernos rigorosos da região europeia é necessário acumular peso suficiente durante o outono.

EXIF  F/8  1/400  ISO-200
100mm  88cm  Flash


Os ouriços-cacheiros hibernam quando as temperaturas rondam os 9ºC a 2ºC e a temperatura corporal flutua com a temperatura do ambiente. O começo da hibernação não é certo, mas sim devido a uma diminuição da atividade, o que culmina com a hibernação quando a temperatura desce para níveis críticos. A extensa camada de gordura subcutânea que se forma durante o Outono é utilizada como isolamento durante a hibernação.

EXIF  F/8  1/640  ISO-200
100mm  63cm  Flash

 
Os ouriços-cacheiros possuem uma elevada taxa de mortalidade devido a fatores como o trafego automóvel, a predação (como o texugo, a raposa, o bufo-real, entre outros) e a mortalidade durante a hibernação.

EXIF  F/7.1  1/800  ISO-200
100mm  1.8m  Flash

 
A maturidade sexual é atingida aos 9 meses. A época de reprodução decorre de Abril a Setembro, variando entre 1 a 2 ninhadas por ano, consoante as temperaturas médias. A gestação dura 1 mês e nascem até 5 crias. É possível determinar a idade dos ouriços-cacheiros através de linhas de crescimento no maxilar, no entanto, esta técnica apenas pode ser utilizada em animais mortos.
 

EXIF  F/8  1/500  ISO-200
100mm  1.8m  Flash

Os ouriços-cacheiros encontram-se distribuídos por toda a Europa. Mas durante a última glaciação, a glaciação de Wurm, a espécie desapareceu do Norte da Europa que foi depois colonizada através da população sobreviventes mais a sul. Durante os 100.000 anos que durou a glaciação, os ouriços-cacheiros sobreviveram em apenas dois locais da Europa, na Península Ibérica, Sul de França e sul de Itália, e na região do Mar Cáspio e Mar Negro. Estes refúgios deram origem a duas espécies diferentes. Os que se refugiaram na região da Península Ibérica evoluíram para o atual ouriço-cacheiro europeu, Erinaceous europaeus.
 

EXIF  F/8  1/250  ISO-200
100mm  44cm  Flash

Como curiosidade, esta espécie foi introduzida na Nova Zelândia, sendo atualmente uma espécie exótica bem sucedida.

EXIF  F/9  1/250  ISO-200
100mm  51cm  Flash


domingo, 19 de maio de 2013

Ensaio Fotográfico: Ruby


Ruby
EXIF F/11   1/200 ISO-500
10mm   37cm

Os animais de estimação podem ser a nossa maior fonte de inspiração. Permitem-nos testar novos equipamentos e novas técnicas. Raramente se queixam e saem sempre bem nas fotografias. Criando uma recordação duplamente apreciável, uma memória para um futuro ainda distante e uma linha de aprendizagem especializada.

Ruby
EXIF F/10   1/160 ISO-200
10mm 31cm

 
Gosto de dar sempre os primeiros passos em casa, pois se cair, levanto-me e volto a tentar. Algo que no campo nem sempre é possível, pois determinados momentos são irrepetíveis, temos por isso de ter consciência do que estamos a fazer.

Ruby
EXIF F/13   1/125   ISO-500
10mm   23cm


quarta-feira, 10 de abril de 2013

Missão: Abelharuco-comum II


Abelharuco-comum (Merops apiaster)
EXIF F/9 1/640 ISO-400
500mm   4.9m

Não é todos os dias que se tem tanta sorte!! Não estou a falar de ver ou ouvir os abelharucos (Merops apiaster), não, porque isso acontece todos os dias aqui no Alentejo. Estou sim a falar de os conseguir fotografar com uma luz espetacular, ou seja, com Sol, muito Sol. Hoje, quarta-feira dia 10 de Abril, não foi um desses dias. O céu estava extremamente nublado e mais aparentava um dia de chuva, onde o Sol nunca conseguiria espreitar para dar a sua beleza nas paisagens ainda encharcadas das últimas semanas de chuva. Mas por entre os dilúvios que caem por aqui e por ali de meia em meia hora, consegui ter uma benesse que durou pouco mais de 5 minutos. Pouco tempo para conseguir uma boa fotografia, para conseguir equilibrar tudo de forma a sair a fotografia perfeita, mas quando tudo corre na perfeição, a sorte parece ser apenas um acaso.



Abelharuco-comum (Merops apiaster)
EXIF F/9 1/1000 ISO-400
 289mm   4.9m

Tudo começou quando saí de casa para ir "trabalhar", como faço quase todos os dias, saí com um relativo atraso. E deparei-me com um mirabolante espetáculo de cores e voos acrobáticos de um grupo de cerca de dez abelharucos a alimentarem-se de insetos perto do chão, pois a chuva impede-os de voarem mais alto ou mais longe. Sem perder tempo, regressei a casa para ir buscar a máquina fotográfica. O dia não era perfeito, mas o simples fato de estarem ali despertou a minha vontade de os fotografar. Sem perder muito tempo coloquei o carro perto de uma das árvores onde eles gostam de poisar e esperei. Nada de abelharucos, estavam entretidos a alimentarem-se e a utilizarem os postes do sistema de rega como poiso de caça. Mas heis que um deles faz um voo rasante ao capô do carro e para na árvore mesmo ao meu lado. Apontei a máquina, foquei e no momento em que ia a dar o primeiro disparo o Sol apareceu e iluminou o abelharuco. Num espetáculo sem precedentes, tive oportunidade de os fotografar durante 5 minutos de Sol e chuva.

Abelharuco-comum (Merops apiaster)
EXIF F/9 1/800 ISO-400
 313mm   3.8m


segunda-feira, 1 de abril de 2013

A Ave do Mês de Abril: Chapim-azul

http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157626701620573/with/9560693275/
 
A ave do mês de Abril nos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian foi o chapim-azul (Cyanistes caeruleus). O pequeno azul. Habitual visitante das árvores mais altas do jardim Gulbenkian. Procura de folha em folha por pequenos invertebrados, principalmente lagartas, como a lagarta-do-pinheiro. É por isso uma espécie útil no controlo de pragas florestais.

http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157626701620573/with/9560693275/

http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157626701620573/with/9560693275/

http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157626701620573/with/9560693275/
 
http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157626701620573/with/9560693275/
 
http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/sets/72157626701620573/with/9560693275/