GUIA DE FAUNA DA TAPADA DA AJUDA

Todos os posts relativos ao meu livro GUIA DE FAUNA DA TAPADA DA AJUDA! Desde "Como Comprar", a todas as notícias e entrevistas que sairam relativamente ao guia. Se necessitar de mais informações basta entrar em contacto através do e-mail onwild@dophotography.net. Muito obrigado a todos.

MINI-ARTIGOS SOBRE AS ESPÉCIES

Nesta secção encontram-se mini-artigos sobre as espécies, de forma sucinta e clara, ficamos a conhecer um pouco mais sobre a nossa fauna. Ilustrados com as melhores fotografias da espécie.

AS MINHAS MISSÕES

Ao contrário dos artigos, nas missão explico como consegui fotografar as espécies (ou observar). O que sofri e as peripécias para as conseguir fotografar tranquilamente e sem as perturbar.

TRUQUES E DICAS

Nesta secção poderá encontrar alguns truques e dicas sobre fotografia de vida selvagem e de natureza, desde as técnicas utilizadas na máquina como algumas das técnicas utilizadas no terreno.

ABRIGOS

Para além dos vários truques, existem também alguns abrigos já montados que podemos frequentar em Portugal e outros tantos em Espanha. Serão apenas colocados abrigos que tenha frequentado.

UM MÊS...UMA AVE

A Fundação Calouste Gulbenkian com o apoio científico da Fundação Luis de Molina e da Universidade de Évora apresenta nos jardins da fundação em Lisboa o projeto "UM MÊS...UMA AVE". Todos os meses foi apresentada uma espécie presente nos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian. A lista de espécies do primeiro ano está terminada.

Canal Youtube onWILD

Novo canal no youtube destinado apenas a filmagens de vida selvagem. Subscrevam.

Definições Canon 7D Mark II

As definições que utilizo na minha máquina para a fotografia de aves.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Exemplo de uma ave exótica em Portugal

Tecelão de Cabeça Preta
O tecelão-de-cabeça-preta (Ploceus melanocephalus) é uma espécie exótica que se encontra no nosso país devido a fugas acidentais, e que se estabeleceram na zona da Barroca d’Alva. Em Portugal esta espécie é observada sempre junto a zonas húmidas, tendo preferência por zonas com caniços. A sua área de distribuição original vai desde a África do Sul até ao Sara e desde o sul da Mauritânia até ao nordeste do Sudão. (foto de cima: macho)

Os machos são polígamos e constroem vários ninhos (foto de baixo) para atrair diversas fêmeas (foto direita), os ninhos têm uma forma arredondada e são construídos grosseiramente com diversas fibras vegetais. São construídos colonialmente e os ninhos não aceites por nenhuma fêmea são destruídos, os que são utilizados possuem um forro interno de penas e outros materiais isolantes.


Pancas

A reserva natural do estuário do Tejo possui uma grande riqueza avifaunística, e é considerada uma das dez zonas húmidas mais importantes para o estacionamento das aves aquáticas migradoras, sendo um local excelente para fotografar e proporcionar momentos inesquecíveis. A zona de Pancas situa-se nos limites da zona de protecção especial que complementa a reserva natural, sendo uma zona de montado para gado. Na foto em cima pode-se observar um juvenil de coelho-bravo (Oryctolagus cuniculus) que se encontrava à beira da estrada e pouco ou nada se assustou. Quando o vi aproximei-me o mais possível (de carro) até ao ponto em que ele estava pronto a fugir, desliguei o carro e fotografei-o. Liguei novamente o carro e fui-me aproximando devagar de forma a não fugir, até que fiquei a pouco mais de 3 metros dele e tive oportunidade de tirar um conjunto de fotografias, ele não parecia estar muito assustado e quase não cabia no ecrã da máquina, fiquei a observá-lo por uns minutos e quando voltei a ligar o carro ele fugiu pelo meio da vegetação.

Contudo existe uma ave muito assustadiça e que tem o hábito de se juntar às vacas enquanto estas pastam para se alimentar, sobretudo de pequenos insectos que ficam expostos nas pegadas das vacas, as garças-boeiras ou carraceiro (Bubulcus ibis) possuem um bico curto e amarelo e na época de reprodução as penas ficam alaranjadas o que as distingue das outras garças. Estas fogem imediatamente assim que um carro abranda ou para, o que torna bastante difícil conseguir tirar uma boa foto quando se é o condutor e fotografo ao mesmo tempo. Então para conseguir a foto à direita tive de engendrar um plano para elas não fugirem imediatamente, então deixei o carro a andar sozinho e fui fotografando até elas decidirem levantar voo até um local mais longe.

Devido aos inúmeros terrenos agrícolas e às grandes zonas de pastagem, a zona é excelente para as aves de rapina caçarem as suas presas. Na foto à esquerda pode-se observar uma águia de asa redonda (Buteo buteo), espécie relativamente comum em Portugal e que caça desde aves até insectos. Possuem uma visão extremamente apurada, conseguindo ver um rato a quilómetros de distância e a aproximação deve por isso ser cuidadosa. Elas possuem vários poisos preferidos de onde podem observar toda ou quase toda a extensão do seu território, e de onde partem para caçar. Esta permaneceu entre dois locais enquanto eu a fotografava e permitiu-me aproximar bastante. Na zona é possível observar também diversos peneireiros, mas estes permaneceram sempre longe neste dia de muito calor.

domingo, 1 de agosto de 2010

Grutas e nascentes do Vale Canhão do rio Ota e de Alenquer

A ciência viva no Verão realiza saídas gratuitas desde o verão de 2002, e desde então que tenho feito todos os anos diversas saídas com especialistas de várias áreas de Biologia e Geologia. Esta saída, inserida na geologia no verão, ás grutas e nascentes do vale canhão do Rio Ota e de Alenquer foi realizada por elementos da SPE, isto é, Sociedade Portuguesa de Espeleologia e foi possível observar diversos locais de importância geológica.

A foto de cima é possível observar uma cascalheira no vale canhão do rio Ota, por onde foi feito parte do percurso. Foi possível observar e entrar numa pequena lapa que se encontra ao longo das margens do rio, nomeadamente um pouco mais acima. O rio Ota não possui água durante o verão, o que facilita o percurso. Nesta gruta encontrámos duas traças com cerca de 10cm e que possuíam a parte inferior das asas de cor avermelhada, mas que ainda não sei o nome. (foto da direita)

Numa zona mais a jusante ainda existia água e decidi procurar algumas rãs, embora o elevado número de vespas tenha dificultado a tarefa. Depois de alguns minutos a caminhar no meio da água e lodo, por fim encontrei duas pequenas rãs verdes e tirei a foto em baixo. Uma das vespas ia poisando em cima da rã e consegui captar esse magnifico momento, embora tenha já sido quando a vespa estava a ir-se embora.