GUIA DE FAUNA DA TAPADA DA AJUDA

Todos os posts relativos ao meu livro GUIA DE FAUNA DA TAPADA DA AJUDA! Desde "Como Comprar", a todas as notícias e entrevistas que sairam relativamente ao guia. Se necessitar de mais informações basta entrar em contacto através do e-mail onwild@dophotography.net. Muito obrigado a todos.

MINI-ARTIGOS SOBRE AS ESPÉCIES

Nesta secção encontram-se mini-artigos sobre as espécies, de forma sucinta e clara, ficamos a conhecer um pouco mais sobre a nossa fauna. Ilustrados com as melhores fotografias da espécie.

AS MINHAS MISSÕES

Ao contrário dos artigos, nas missão explico como consegui fotografar as espécies (ou observar). O que sofri e as peripécias para as conseguir fotografar tranquilamente e sem as perturbar.

TRUQUES E DICAS

Nesta secção poderá encontrar alguns truques e dicas sobre fotografia de vida selvagem e de natureza, desde as técnicas utilizadas na máquina como algumas das técnicas utilizadas no terreno.

ABRIGOS

Para além dos vários truques, existem também alguns abrigos já montados que podemos frequentar em Portugal e outros tantos em Espanha. Serão apenas colocados abrigos que tenha frequentado.

UM MÊS...UMA AVE

A Fundação Calouste Gulbenkian com o apoio científico da Fundação Luis de Molina e da Universidade de Évora apresenta nos jardins da fundação em Lisboa o projeto "UM MÊS...UMA AVE". Todos os meses foi apresentada uma espécie presente nos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian. A lista de espécies do primeiro ano está terminada.

Canal Youtube onWILD

Novo canal no youtube destinado apenas a filmagens de vida selvagem. Subscrevam.

Definições Canon 7D Mark II

As definições que utilizo na minha máquina para a fotografia de aves.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Ave do mês de Dezembro: Pisco-de-peito-ruivo

  A ave do mês de Dezembro nos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian foi o pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula). Esta espécie euroasiática prefere zonas arborizadas como as dos jardins da Gulbenkian. De manhã cedo é possível ouvir vários piscos a cantarolar no topo das árvores, marcando o seu território de inverno.   ...

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Artigo: Sapo-de-unha-negro

O sapo-de-unha-negra (Pelobates cultripes) é um caso único na Península Ibérica. Este pequeno anfíbio possui uma característica muito especial, uma “unha negra” nas patas traseiras. A utilização desta unha é alvo de grande debate, por um lado pode ser uma ferramenta de um ancestral já inutilizada ou uma ferramenta utilizada para escavar para fugir a predadores. É uma espécie endémica da Península Ibérica abundante em zonas de montado e em habitats de solos arenosos. Reproduz-se em charcas, lagos, charcos temporários ou poças da chuva de águas paradas e que mantenham um nível adequado de água durante alguns meses. De forma a permitir a conclusão do ciclo aquático e a correspondente metamorfose (transferência para terra). Estas massas de água devem ser livres de grandes predadores, como peixes ou o lagostim-vermelho-do-Louisiana. As primeiras chuvas de outono são o sinal ecológico para o início da reprodução. Começa assim uma migração para as charcas adequadas. As geadas e a neve que ocorre a Norte da Península Ibérica impossibilitam a reprodução, adiando-a para o começo da primavera (Fevereiro a Maio) quando as temperaturas aumentam e as chuvas continuam. A principais ameaças...

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Artigo: Grifo

 EXIF  f/8  1/800 seg. ISO-400  400mm  O grifo (Gyps fulvus) é uma necrófaga de grande porte, mais pequena que o abutre-preto (Aegypius monachus). Alimenta-se de carcaças de mamíferos de médio ou grande porte (mortos), preferindo os músculos e as vísceras. Estes podem ser selvagens (veado, gamo, javali) ou domésticos (vacas, cabras, ovelhas, porcos). Procura alimento em zonas abertas com poucas árvores onde consegue aterrar e levantar em segurança. Prefere planícies, montanhas ou planaltos montanhosos e evita zonas florestadas ou com densa vegetação, tal como zonas húmidas.  EXIF  f/8  1/500 seg. ISO-400  400mm  Na região da ZPE Moura-Mourão-Barrancos é comum observar colunas de grifos a rodopiar, apanhando as correntes ascendentes de ar quente que se formam pela manhã. Raramente batem as asas, preferindo planar longas distâncias sem consumir energia necessária ao voo normal. Dormem em grupo em escarpas ou em afloramentos rochosos montanhosos. Por vezes, estes locais correspondem aos locais de nidificação ou perto dos locais de alimentação. Levanta voo com o aumento da temperatura que cria as necessárias correntes ascendentes,...

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Artigo: Cagarra

 EXIF  f/8  1/2000  ISO-500 150mm  6.5m  A cagarra ou pardela-de-bico-amarelo, Calonectris diomedea, foi a ave do ano em 2011. É uma ave pelágica, isto significa que vive toda a sua vida a sobrevoar os oceanos, deslocando-se a terra apenas para nidificar.   EXIF  f/8  1/1600  ISO-500 150mm  20.8m  É uma das pardelas mais comuns na costa portuguesa, sendo possível observá-las a partir da costa, nomeadamente a partir de vários cabos, cabo Raso, Carvoeiro, Espichel ou São Vicente. É facilmente identificável devido ao seu bico amarelo e pela sua coloração, possuindo um enorme contraste entre o branco do ventre e o castanho do dorso. Podem viver até aos 50 anos, atingindo a maturidade sexual entre os 5 e os 8 anos, quando regressam a terra pela primeira vez para nidificar. As aves juvenis regressam ao mesmo local onde nasceram para procurar companheiro (a) e nidificar. Portugal possui a maioria da população reprodutora desta espécie que nidifica nos Arquipélagos da Madeira, dos Açores e da Berlenga, e urge por isso em protegê-la das várias ameaças a que se encontram sujeitas.  EXIF f/8 1/1000 ISO-500 500mm  17.5m    É...

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Ave do Mês de Outubro: Gaio

  A ave do mês de Outubro nos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian foi o gaio (Garrulus glandarius). Esta grande e astuta ave percorre a cidade de Lisboa à procura de alimento, que descobre por entre as mais variadas árvores plantadas por toda a cidade. No outono é normal encontra-lo a enterrar bolotas que apanhou na rotunda da praça do comércio. E na primavera procuram nos edifícios da Fundação Calouste Gulbenkian pelos ninhos de outros passeriformes.   ...

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Artigo: Goraz ou Garça-noturna

  O goraz ou garça-noturna (Nycticorax nycticorax) passa os dias escondido em árvores, a alguns metros do seu local de alimentação. Aparecem junto aos locais de alimentação apenas durante a noite, quando nenhuma atividade humana os perturba. São aves migradoras e nidificam cerca de 50 casais em Portugal Continental.   Os adultos apresentam uma coloração acinzentada, pretos no dorso e no topo da cabeça e brancos na região do pescoço, apresentando os olhos com um vermelho vivo. Os juvenis possuem uma coloração acastanhada com pintas brancas e o olho apresenta uma coloração laranja, ao invés do vermelho dos adultos. São bastante diferentes dos adultos, no entanto, tanto o adulto como o juvenil são inconfundíveis.    Goraz adulto.   Goraz juvenil.  Alimentam-se de peixes, anfíbios e insetos, perseguindo-os em águas pouco profundas ou partir de um local estacionário sobre a água, também podem alimentar-se de crustáceos, répteis (cobras e lagartos), pequenos roedores, moluscos, aranhas, sanguessugas e outras aves juvenis. Podem capturar até 12 peixes com cerca de 90 gramas cada por noite. Alimentam-se em lagoas costeiras, em lagos interiores,...

Artigo: Cobra-de-capuz

  A cobra-de-capuz, Macroprotodon cucullatus, é uma pequena cobra de hábitos secretos que possui uma distribuição dispersa pelo Norte de África, Ilhas Baleares e Península Ibérica. As espécies do género Macroprotodon são unicamente encontradas em regiões mediterrânicas. Na Península Ibérica ocorre a subespécie Macroprotodon cucullatus ibericus, proveniente do Norte de África através de colonizações naturais recentes, quer por via transmarina e também quando a ponte terrestre de Gibraltar se encontrava disponível.     Ocorre na metade Sul da Península Ibérica e é o colubrídeo mais pequeno da região europeia e um dos mais desconhecidos. Alimentam-se de outros vertebrados, principalmente outros répteis e os seus hábitos são ainda confusos e pouco estudados.   Habita zonas de matos com rochas, pois prefere permanecer debaixo das rochas, são geralmente regiões semiáridas. Também pode ser encontrada em áreas abertas de pinhais e montados.       As suas presas favoritas são de corpo longo (ou seja, um grande SVL – Snout-vent Lenght) que vivem enterradas ou debaixo de pedras. A cobra-cega, Blanus cinereus, é o seu alimento preferido,...

sábado, 24 de agosto de 2013

Artigo: Abelharuco

   Os abelharucos (Merops apiaster) são das aves mais vistosas em Portugal. A sua coloração é inconfundível e espetacular, em tons amarelos-avermelhados e com um ventre azulado.       É uma ave especial e interessante que sempre fascinou os cientistas. Os vários aspetos biológicos, ecológicos e de nidificação são pouco conhecidos devido à sua pequena distribuição no Sul da Europa, principalmente devido à localização dos ninhos em margens de rios e a dificuldade em observar os indivíduos.   São aves insectívoras e coloniais.   Por volta de Maio as aves chegam da migração e renovam ou constroem novos ninhos. A localização dos ninhos deve oferecer alimento, proteção dos predadores e proteção do clima. Os machos defendem os ramos perto dos ninhos onde ocorre o acasalamento e oferenda de comida. Durante a incubação os ovos nunca são deixados sozinhos, e ambos os progenitores se encarregam desta tarefa durante o dia, e à noite apenas a femea permanece a incubar os ovos.   Ambos os progenitores fornecem alimento às crias e por vezes são ajudados por um parente, normalmente, um juvenil do ano anterior. A alimentação é rica em insetos,...