quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Toirão, o belo Carnívoro

Toirão
European Polecat
Mustela putorius

É um pequeno carnívoro de hábitos discretos e distribuído por todo o continente, embora a sua situação populacional seja pouco conhecida.

Possui um corpo alongado e cilíndrico. A cabeça é pequena e achatada, possui orelhas pequenas e arredondadas, e as patas são curtas. É facilmente identificável devido à sua pelagem lisa, que é densa e sedosa, o dorso é castanho escuro, os flancos são claros, o ventre é negro e a cauda tem uma coloração escura, sendo tufada. Possui uma mancha branca ao redor da boca e queixo e também ao redor dos olhos e orelhas.

Existe por toda a Europa com excepção da Península Balcânica, nas ilhas mediterrânicas, Irlanda e Islândia. Ocorre por todo o território continental e a sua presença encontra-se descrita em quase todas as áreas protegidas, embora a população seja pouco abundante e a sua tendência populacional ser desconhecida. Existe falta de informação sobre a espécie e como tal possui o estatuto de insuficientemente conhecida. Prefere zonas húmidas, habitando áreas com a interface terra e agua, embora possa ocorrer em qualquer habitat que possua as suas presas. Escava o seu próprio abrigo, embora possa usar antigas tocas de coelho, raposa ou texugo, e também se pode refugiar em fendas entre rochas. As tocas têm pelo menos uma câmara de dormida e outra de armazenamento de alimento.

A sua dieta é carnívora, sendo um predador generalista, alimenta-se principalmente de roedores e lagomorfos (coelhos e lebres), mas também de pequenas aves, anfíbios e peixes. Quando captura mais presas do que as que necessita cria reservas de alimento. O cio e o acasalamento ocorre entre Março e Abril, os machos são poligâmicos e cobrem as fêmeas que os aceitem. Nascem entre 3 a 7 crias por altura de Abril e Junho, o desmame ocorre no final do primeiro mês e elas tornam-se independentes aos 3 meses.

São animais solitários com actividades nocturnas e crepusculares, chegando a deslocar-se 7,5km todas as noites. A alteração e destruição do habitat são os principais factores de ameaça, embora também o sejam os atropelamentos devido ao tráfego rodoviário, o controlo de predadores e a caça furtiva devido ao valor da sua pele.



São difíceis de observar no habitat natural devido à sua discrição. As pegadas medem entre 3 e 3,5 cm de comprimento e 2,4 a 4 cm de largura e surgem por vezes apenas 4 dos seus 5 dedos. Os seus dejectos possuem entre 6 e 8 cm de comprimento e menos de 1 cm de largura, possuindo um odor nauseabundo e sendo constituídos por pêlos, penas e ossos.

Dados das Fotografias:
- 1ª foto: F/5    1/80    ISO-400    220mm
- 2ª foto: F/4    1/80    ISO-400    70mm
- 3ª foto: F/5.6    1/100    ISO-400    300mm
- 4ª foto: F/5.6    1/100    ISO-400    300mm
- 5ª foto: F/5.6    1/40    ISO-400    300mm

F/5.6    1/200    ISO-400    200mm

 F/5.6 1/200 ISO-400 200mm


 F/5.6    1/160    ISO-400    200mm

F/5.6    1/160    ISO-400    200mm

Bibliografia:

3 comentários:

  1. Sou estudante de Medicina Veterinária em Lisboa (Faculdade de Medicina Veterinária de Lisboa - UTL) e estou a fazer um trabalho sobre o toirão, será que posso utilizar esta fotografia? Obrigada

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  2. Olá, yup podes utilizar as imagens no trabalho ;) (desde que não ganhes dinheiro com as fotos, é na boa) qualquer coisa é só dizeres =)

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  3. Obrigada :) não vou ganhar dinheiro nenhum, só mesmo nota.

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