GUIA DE FAUNA DA TAPADA DA AJUDA

Todos os posts relativos ao meu livro GUIA DE FAUNA DA TAPADA DA AJUDA! Desde "Como Comprar", a todas as notícias e entrevistas que sairam relativamente ao guia. Se necessitar de mais informações basta entrar em contacto através do e-mail onwild@dophotography.net. Muito obrigado a todos.

MINI-ARTIGOS SOBRE AS ESPÉCIES

Nesta secção encontram-se mini-artigos sobre as espécies, de forma sucinta e clara, ficamos a conhecer um pouco mais sobre a nossa fauna. Ilustrados com as melhores fotografias da espécie.

AS MINHAS MISSÕES

Ao contrário dos artigos, nas missão explico como consegui fotografar as espécies (ou observar). O que sofri e as peripécias para as conseguir fotografar tranquilamente e sem as perturbar.

TRUQUES E DICAS

Nesta secção poderá encontrar alguns truques e dicas sobre fotografia de vida selvagem e de natureza, desde as técnicas utilizadas na máquina como algumas das técnicas utilizadas no terreno.

ABRIGOS

Para além dos vários truques, existem também alguns abrigos já montados que podemos frequentar em Portugal e outros tantos em Espanha. Serão apenas colocados abrigos que tenha frequentado.

UM MÊS...UMA AVE

A Fundação Calouste Gulbenkian com o apoio científico da Fundação Luis de Molina e da Universidade de Évora apresenta nos jardins da fundação em Lisboa o projeto "UM MÊS...UMA AVE". Todos os meses foi apresentada uma espécie presente nos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian. A lista de espécies do primeiro ano está terminada.

Canal Youtube onWILD

Novo canal no youtube destinado apenas a filmagens de vida selvagem. Subscrevam.

Definições Canon 7D Mark II

As definições que utilizo na minha máquina para a fotografia de aves.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Exemplo de uma ave exótica em Portugal

Tecelão de Cabeça Preta
O tecelão-de-cabeça-preta (Ploceus melanocephalus) é uma espécie exótica que se encontra no nosso país devido a fugas acidentais, e que se estabeleceram na zona da Barroca d’Alva. Em Portugal esta espécie é observada sempre junto a zonas húmidas, tendo preferência por zonas com caniços. A sua área de distribuição original vai desde a África do Sul até ao Sara e desde o sul da Mauritânia até ao nordeste do Sudão. (foto de cima: macho)

Os machos são polígamos e constroem vários ninhos (foto de baixo) para atrair diversas fêmeas (foto direita), os ninhos têm uma forma arredondada e são construídos grosseiramente com diversas fibras vegetais. São construídos colonialmente e os ninhos não aceites por nenhuma fêmea são destruídos, os que são utilizados possuem um forro interno de penas e outros materiais isolantes.


Pancas

A reserva natural do estuário do Tejo possui uma grande riqueza avifaunística, e é considerada uma das dez zonas húmidas mais importantes para o estacionamento das aves aquáticas migradoras, sendo um local excelente para fotografar e proporcionar momentos inesquecíveis. A zona de Pancas situa-se nos limites da zona de protecção especial que complementa a reserva natural, sendo uma zona de montado para gado. Na foto em cima pode-se observar um juvenil de coelho-bravo (Oryctolagus cuniculus) que se encontrava à beira da estrada e pouco ou nada se assustou. Quando o vi aproximei-me o mais possível (de carro) até ao ponto em que ele estava pronto a fugir, desliguei o carro e fotografei-o. Liguei novamente o carro e fui-me aproximando devagar de forma a não fugir, até que fiquei a pouco mais de 3 metros dele e tive oportunidade de tirar um conjunto de fotografias, ele não parecia estar muito assustado e quase não cabia no ecrã da máquina, fiquei a observá-lo por uns minutos e quando voltei a ligar o carro ele fugiu pelo meio da vegetação.

Contudo existe uma ave muito assustadiça e que tem o hábito de se juntar às vacas enquanto estas pastam para se alimentar, sobretudo de pequenos insectos que ficam expostos nas pegadas das vacas, as garças-boeiras ou carraceiro (Bubulcus ibis) possuem um bico curto e amarelo e na época de reprodução as penas ficam alaranjadas o que as distingue das outras garças. Estas fogem imediatamente assim que um carro abranda ou para, o que torna bastante difícil conseguir tirar uma boa foto quando se é o condutor e fotografo ao mesmo tempo. Então para conseguir a foto à direita tive de engendrar um plano para elas não fugirem imediatamente, então deixei o carro a andar sozinho e fui fotografando até elas decidirem levantar voo até um local mais longe.

Devido aos inúmeros terrenos agrícolas e às grandes zonas de pastagem, a zona é excelente para as aves de rapina caçarem as suas presas. Na foto à esquerda pode-se observar uma águia de asa redonda (Buteo buteo), espécie relativamente comum em Portugal e que caça desde aves até insectos. Possuem uma visão extremamente apurada, conseguindo ver um rato a quilómetros de distância e a aproximação deve por isso ser cuidadosa. Elas possuem vários poisos preferidos de onde podem observar toda ou quase toda a extensão do seu território, e de onde partem para caçar. Esta permaneceu entre dois locais enquanto eu a fotografava e permitiu-me aproximar bastante. Na zona é possível observar também diversos peneireiros, mas estes permaneceram sempre longe neste dia de muito calor.

domingo, 1 de agosto de 2010

Grutas e nascentes do Vale Canhão do rio Ota e de Alenquer

A ciência viva no Verão realiza saídas gratuitas desde o verão de 2002, e desde então que tenho feito todos os anos diversas saídas com especialistas de várias áreas de Biologia e Geologia. Esta saída, inserida na geologia no verão, ás grutas e nascentes do vale canhão do Rio Ota e de Alenquer foi realizada por elementos da SPE, isto é, Sociedade Portuguesa de Espeleologia e foi possível observar diversos locais de importância geológica.

A foto de cima é possível observar uma cascalheira no vale canhão do rio Ota, por onde foi feito parte do percurso. Foi possível observar e entrar numa pequena lapa que se encontra ao longo das margens do rio, nomeadamente um pouco mais acima. O rio Ota não possui água durante o verão, o que facilita o percurso. Nesta gruta encontrámos duas traças com cerca de 10cm e que possuíam a parte inferior das asas de cor avermelhada, mas que ainda não sei o nome. (foto da direita)

Numa zona mais a jusante ainda existia água e decidi procurar algumas rãs, embora o elevado número de vespas tenha dificultado a tarefa. Depois de alguns minutos a caminhar no meio da água e lodo, por fim encontrei duas pequenas rãs verdes e tirei a foto em baixo. Uma das vespas ia poisando em cima da rã e consegui captar esse magnifico momento, embora tenha já sido quando a vespa estava a ir-se embora.

sábado, 26 de junho de 2010

Fauna Ibérica entre as Exóticas


No ano da biodiversidade, os jardins zoológicos possuem um papel fundamental na conservação e preservação de determinadas espécies. O nosso jardim zoológico encontra-se mais vocacionado para protecção de espécies de mamíferos e aves (com um total de 271 espécies diferentes e cerca de 3000 exemplares) e tem vindo a modernizar e melhorar os habitats destas. Estes melhoramentos fazem-nos esquecer o antigo jardim zoológico cheio de jaulas e grades, onde os animais pareciam tristes e com pouco espaço, e proporcionam ao visitante um passeio mais agradável no centro de Lisboa onde pode observar os animais num meio mais natural, com mais espaço e mais felizes.
No entanto, para além destas espécies de aves e mamíferos, o zoo possui também 56 espécies de répteis e 5 de anfíbios e artrópodes, que se encontram principalmente no reptilário e onde os visitantes podem observar de forma segura, mas é possível encontrar outras espécies de répteis e anfíbios espalhados pelo jardim zoológico, nomeadamente, algumas espécies endémicas de Portugal e que merecem também uma atenção por parte do zoo e do visitante, embora elas passem completamente despercebidas no meio de tantos animais exóticos e novos. Na imagem de cima é possível observar duas Rãs Verdes (Rana perezi) num dos lagos artificiais que circundam os habitats dos pequenos primatas, elas encontraram um local perfeito para habitar e já observei cerca de uma dezena de rãs naqueles lagos, podendo ser ainda mais. É possível observá-las e ouvi-las a emitirem os seus sons característicos, visto elas manterem-se imóveis durante bastante tempo o que permite observá-las tranquilamente, e não fogem imediatamente ao avistarem as pessoas. Visto existirem visitantes e funcionários constantemente, elas encontram-se habituadas à presença humana e permitem aproximar até uma distância boa para fotografar.

Também é possível observar algumas espécies de lagartixas, como a da imagem, uma lagartixa-ibérica (Podarcis hispanica). Elas encontram-se um pouco por todo o lado, desde ao pé das casas como a passear pelos caminhos. A sua alimentação consiste em pequenos insectos e são por isso boas a controlar as pragas de insectos que por vezes podem ocorrer. Para as observar é necessário manter o silêncio e a aproximação deve ser feita com cuidado, aproveitando os momentos em que ela olha para outro lado para dar mais um passo (tal como os felinos fazem quando perseguem as suas presas). Quando a distância for perfeita para fotografar, é só rezar para que não apareça ninguém entretanto que possa estragar a fotografia. Por isso, quando forem ao jardim zoológico não procurem observar apenas os animais exóticos mas também aqueles que pertencem à nossa fauna e que nos cabe a nós proteger.

..Novas Crias..

Nas três últimas visitas que realizei ao Jardim Zoológico de Lisboa tive oportunidade de fotografar e observar o casal de Linces Euroasiáticos (Lynx lynx) que lá existem. Este Linces tiveram duas ninhadas nos dois primeiros anos da sua estadia no zoo, mas durante um ano não se reproduziram. Como tive oportunidade para observá-los nestes dois anos que tiveram crias, pude constatar que não ocorreram motivos ou mudanças para não continuarem a reproduzir-se, ou seja, algo se deve ter passado ou mudado para eles não se reproduzirem-se. Mas não existiam mudanças no habitat e as outras mudanças possíveis eram na alimentação, a qual era difícil eu ter conhecimento (não conseguir falar com os tratadores). Durante um ano quase não fotografei os linces e eles foram passando cada vez mais despercebidos, visto passarem os dias a dormir quase sempre num local difícil de fotografar e devido a isso, eu apenas passava para observar se existiam novos comportamentos (locais de dormir) ou novas crias. E qual foi o meu espanto quando no outro dia ao fazer uma passagem apenas para observar, verifiquei que existiam duas novas crias muito pequeninas.

O espaço entre as minhas visitas foi de apenas uma semana, e verifiquei que eles estavam mais agitados, e que inclusive não passavam o dia a dormir. Voltei então a fotografar os magníficos linces um ano depois, e quando pensava que eles iriam voltar a passar despercebidos eis que duas crias surgiram e como todos sabem, as brincadeiras são o seu jogo favorito, especialmente num local onde não existem predadores.

Irei continuar a colocar fotos e a escrever sobre a evolução destas crias, visto que são a terceira ninhada deste casal, e que normalmente apenas sobrevive uma das crias, não sei qual é o motivo, mas é o que tenho observado. Espero que este ano seja diferente, e que as duas criam atinjam a fase adulta e possam ser trocadas ou levadas para outros zoos para que o programa de conservação continue e possa continuar a proteger esta espécie de Linces (Lynx lynx).

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Carrasqueira

Na Reserva Natural do Estuário do Sado é possível encontrar uma obra-prima única da Europa, o impressionante cais palafitico da Carrasqueira. Construído na década de 1950 usando estacas de madeira irregular e frágil que serve de embarcadouro aos barcos de pesca, este porto estende-se ao longo de centenas de metros pelas margens lamacentas do rio Sado. Este magnífico local parece de um postal, e por momentos imaginamo-nos a viajar por outro país, sem nunca sair de Portugal.

Um passeio fotográfico que a chuva teimava estragar, mas acabou por ser perfeito. A chuva não parava de cair no caminho até ao porto, localizado na comporta, mas à chegava havia abrandado e finalmente cessado, mas as nuvens permaneciam a encobrir o sol, mas as máquinas fotográficas já começavam a disparar.
A foto em cima foi uma das primeiras que tirei, ainda estava cheio de lama do caminho até lá e as madeiras ainda se encontravam molhadas, mas como “bom” fotografo que sou, deitei-me no chão para obter o melhor ângulo possível. Ao lado é possível ver a minha bonita figura.
Nesta outra foto o “chão” já estava demasiado longe para me esticar e fotografar, então usei um pequeno truque para conseguir a foto com o ângulo que pretendia. Para isso, coloquei a máquina fotográfica no tripé e segurando pelas pernas baixei-o o mais possível, e usando um cabo disparador foi-me possível obter este resultado.
Quando as nuvens deram tréguas e o sol finalmente brilhou, fomos brindados com um lindo céu que ninguém resistiu a não fotografar. Durante todo o percurso tivemos a companhia deste cão que diz a todos, “até uma próxima” =)

domingo, 11 de abril de 2010

Flowers


A fotografia de flores é sempre um desafio, ora porque está muito sol ou é o vento que teima a levantar-se no momento em que vamos a dar o click na máquina. Daí que seja preciso alguma paciência e observação, estas flores apresentadas em cima são muito pequenas e a maior dificuldade foi ficar ao mesmo nível que elas, ou seja, toca de me sujar e deitar-me no chão para conseguir este plano, a outra dificuldade foi obter um apoio estável, visto que a objectiva é ligeiramente grande e com o acrescento dos tubos (para poder realizar estes macros) o peso já é considerável, e para piorar (ou melhorar) o foco têm de ser feito manualmente, assim como a abertura e velocidade de disparo. Concluindo, para além de estar deitado no chão tinha que estabilizar bem a máquina e ainda observar e controlar a abertura e velocidade da máquina, como o hábito faz o monge, o controlo manual da máquina já é algo fácil e rápido para mim (tudo devido ao treino e experiências).

O dente de leão é uma flor muito observada na primavera, é possivel encontrá-la nos nossos jardins, a crescer entre a relva, etc... O seu formato é muito interessante, mas a sua fotografia é dificil porque temos de ter atenção para não sobre-expor e obter uma foto em que a zona "amarela" fica demasiado brilhante, o que estraga a foto. Gostava de ter apanhado outro plano, mas por azar o local onde ela estava não me permitia deitar-me no chão (demasiadas silvas) e por isso tirei uma foto normal para ver como saia.


Esta é um pequeno mistério, se alguém souber o que é. Fácil de avistar, perigosa de "fotografar", mas dá sempre origem a fotografias engraçadas e picantes.

Fotos tiradas na Mitrena, Setúbal

sábado, 3 de abril de 2010

Crias Novas

A primavera chegou e no zoo existem crias por todo o lado, desde os tigres de sumatra (foto de cima), como a pequenina cria de hipopotamo pigmeu, não sei ao certo quantas novas crias há no jardim zoológico, mas se tencionam visitar o zoo, esta é a melhor altura =)
Crias (algumas nascidas este ano, outras serão crias durante uns anos, como a cria de orangutango):

- Tigres de Sumatra (Panthera tigris sumatrae): são três crias muito brincalhonas, passam o dia a correr ou a dormir, são muito curiosas e brindam os visitantes vindo observá-los de perto. Existe uma que é a maior entre elas e que anda sempre a morder os irmãos, sempre com muito cuidado para não os aleijar.

- Hipopotamo Pigmeu (Hexaprotodon liberiensis): este pequenote ainda têm algumas dificuldades em andar, nunca se afasta muito da progenitora e se esta se afasta ele vai a correr (aos Ssss) ter com ela. É incrivel ver o cuidado que a sua progenitora tem, visto ele andar sempre no meio dos seus pés.

- Chimpanzé (Pan troglodytes): esta espécie está a dar-se muito bem na nova exibição, todos os anos há crias novas e isso é muito importante visto o zoo participar activamente no projecto de conservação de espécies (mundial). Não sei muito sobre eles, apenas que passam o dia com as mães e de vez em quando brincam com as cordas.

- Gibão de Mãos Brancas (Hylobates lar): bem este é um caso sério, fotografá-lo está quase fora de questão...O tipo não para um segundo quieto, fogo, é preciso uma paciência. E vira máquina para um lado e vira para o outro, e bolas que já está muito perto e já sai todo do campo de visão da máquina, concluindo este tem energias para dar e vender.

- Leopardo da Pérsia (Panthera pardus saxicolor): são três novas crias que nasceram há pouco tempo, o que perfaz um total de seis que já nasceram no zoo. É um bocado dificil fotografá-las devido à rede que existe à volta, mas lá vou tirando umas fotos. Eles não fazem muito e são muito assustadiços, a progenitora chega a bufar (tal como os gatos fazem) e as crias encontram-se sempre ao pé dela. O que é giro é que as pessoas passam e muitas das vzesnem vêem as crias.

Existem mais umas quantas crias pelo zoo para descobrir =)

sábado, 27 de março de 2010

Crias de Tigre


Mais uma vez o zoo encontra-se cheio de crias, as imagens desta mensagem são apenas as crias do tigre de sumatra, mais tarde hei-de colocar as do leopardo da pérsia e a maravilhosa cria de hipopotamo pigmeu.

Começando por estes pequenotes, são demasiado irrequietos o que dificulta imenso a tarefa de tirar fotos. São três as novas crias, e observar constatemente o que elas andam a fazer é uma tarefa bastante dificil. Por vezes, a cria maior começa a atacar as outras duas, e isto continua durante longos minutos até as três se cansarem. Hoje estavam bastante quietas, e permaneceram a limpar-se calmamente, isto é, olhos fechados e linguas de fora =)

Mas o melhor aconteceu quando uma criança brincava numa das casas de observação, para quem nunca lá foi eu vou explicar, existem duas casas de observação com vidros, facilita as fotos e os animais acabam por ficar bastante perto, porque evita as vedações e consequentemente o espaço de segurança que tem de existir entre nós e elas. O que se sucedeu foi que os pequenotes estavam todos na casa de cima enquanto a criança brincava na casa debaixo, isto é, aproximava-se do vidro e voltava a afastar-se, no meio desta brincadeira uma das crias de tigre viu e foi a correr em direcção à criança, nisto a criança volta até ao vidro e vê o tigre a correr na sua direcção...já estão a imaginar, a criança apanhou um susto enorme e saiu a correr da casa em direcção ao pai, o tigre lá ficou triste a olhar pelo vidro e à espera de brincadeira =)

Tigre de Sumatra
Sumatran Tiger
Panthera tigris sumatrae

sexta-feira, 26 de março de 2010

Lontra Marinha


O oceanário de Lisboa alberga uma quantidade impressionante de animais, são cerca de 8000 espécies animais que necessitam de alimentação diáriamente, manter esta bocas todas não é tarefa fácil. Por vezes, nas visitas realizadas ao oceanário podemos nos deparar com a alimentação de certos animais, desde as várias anemonas que existem um pouco por todos os tanques, como os pinguins ou, neste caso, as lontras marinhas.
A alimentação do dia consistia em lula (crua) e mexilhão, por vezes a alimentação consiste de lagostins, sapateiras, camarão, etc... Quando algo deste genero acontece no oceanário ou em qualquer outro local com animais, as pessoas tendem a aglomerar-se para poderem ver de perto o que se está a passar, e quem for ao oceanário num dia da semana vai achá-lo deveras cheio, principalmente com visitas de estudos e turistas. Por isso, há que conhecer bem a zona e saber quais os melhores locais para fotografar, evitando encontrões desnecessários por parte de quem acaba de chegar e quer à força "saltar" para dentro de água, como tal procuro sempre locais que possa ficar perto da acção e longe ao mesmo tempo.
As lontras são animais muito pouco tímidos, e por isso, brindam-nos sempre com algo divertido e possivel de captar, como quando abrem a boca, desta vez depois de comerem ficaram as duas a lavar-se. Foi tal esfreganço que até apareceu na foto, são animais muito limpinhos e brincalhões, porque imediatamente depois de se lavarem começaram as duas a brincar =)

Nome: Lontra-marinha
Name: Sea Otter
Nome Científico: Enhydra lutris (Linnaeus)

A lontra-marinha é um mamífero que está bem adaptado à vida no mar. O seu pêlo é constituído por duas camadas, muito densas, que prendem bolhas de ar entre as fibras oleosas o que a mantém seca e protegida do frio. Estes animais extraordinários possuem a habilidade de utilizar ferramentas para abrir as carapaças e conchas das suas presas, normalmente bivalves que apanham, batendo-lhes repetidamente com uma pedra cuidadosamente escolhida. São importantes para o ecossistema porque ao se alimentarem de ouriços, protegem as outras populações associadas aos mantos de kelp.
Fonte: http://www.oceanario.pt/

domingo, 14 de março de 2010

Waterfall

Cascata de água em Sintra. Para mim este é um dos locais mais bonitos mais perto de lisboa, a paisagem é simplesmente inacreditavel e proporciona sempre fotos espectaculares. Esta manha o dia estava excelente, mas por algum motivo a serra de Sintra encontrava-se deserta de animais... Não vi um único insecto ou réptil, conseguia ouvir algumas aves e vi um grande número de tritões num dos lagos, mas apenas num... Achei bastante estranho, porque sempre que lá vou encontro montes de animais, especialmente insectos. Hoje nem uma lagartixa para "amostra", por isso, há que virar para o resto da paisagem,  e sintra tem locais muito bonitos mesmo.
Tirei bastantes fotos a flores que irei postar aqui durante a próxima semana =)

domingo, 14 de fevereiro de 2010

...Obrigado cinza por todos os momentos que me proporcionaste... Nunca te esquecerei amiga...

Hoje é um dia muito triste para mim, para outros é um dia de animação e surpresas... Para mim ficará sempre marcado pela minha surpresa quando cheguei a casa, a da "cinza" a morrer. Antes de contar o que se passou, vou apenas explicar o que era a cinza. Foi o primeiro gerbilo que comprei, juntamente com a pretinha, passado um mês ela deu-me 6 magnificos presentes e passei a ter 8 gerbilos para cuidar. Ela encantou-me com a sua simpatia, possuia apenas parte da cauda (já a comprei assim), mas era fantástica... Eu abria a gaiola e ela saia para a minha mão, e nunca para o chão, eu deixava-a passear e ela nunca tentou fugir ou morder-me. Ela vinha quando eu a chamava e estava sempre muito calma e tranquila. Hoje quando cheguei ela não se mexia, peguei nela e senti um pequeno bater de coração. Sentei-me com ela nas mãos ao pé do aquecer e tive sempre a aquecê-la, ela abriu os olhos e o coração começou a bater com mais força. Mas passado 15mins tudo parou, o esforço que ela fez foi apenas para se despedir de mim... Olhou-me uma ultima vez e fechou os olhos para nunca mais os abrir...
...Obrigado cinza por todos os momentos que me proporcionaste... Nunca te esquecerei amiga...

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Tigre Branco



Tal como um grande felino faz na selva, este magnifico exemplar dorme enquanto se banha ao sol num dia de algum frio. O Tigre Branco, Panthera tigris, é um tigre com um gene recessivo o que lhe confere uma coloração pálida. Eles possuem um nariz e as pantufas das patas de cor rosa, pele cor de cinza, olhos azul-gelo e pelo branco a castanho claro com riscas pretas, cor cinza ou cor chocolate.


Eles passam o tempo todo a dormir, encontrando-se mais activos ao inicio do dia e ao amanhecer, onde normalmente dão um mergulho na piscina privada antes de irem deitar-se no abrigo nocturno.

Nestes dias de inverno um passeio matinal pelo zoo é extremamente agradável, como é um dia de semana, encontram-se poucas pessoas a visitar, hoje apenas vi mais 5 pessoas a passear por lá. O resto é pessoal do zoo, o que não incomoda os animais visto eles estarem habituados. Tenho pena de fazer isto sempre sozinho e gostava que tivesses lá comigo, mas não é possivel... Muito provavelmente nunca irás ver ou ler isto, por isso, de pouco me serve dedicar-te a foto. =)

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Calendários 2010


Boas festas. Este ano decidi meter mãos à obra e fazer um calendário para o ano 2010.
Para quem estiver interessado num calendário "personalizado" para 2010, é favor contactar-me. Podem escolher as fotos que querem para os 12 meses, para isso, basta visitar as várias galerias de fotos, nomeadamente,
http://www.flickr.com/photos/the_rock_7/
www.olhares.com/TheRock7
e as fotos neste blog.

O preço dos calendários será simbólico, para o trabalho que me dará (algumas horas perdidas), preço do papel e tintas.

Qualquer ideia engraçada, contactem-me =)

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Novas Crias


Quem é que não gosta destas criaturas lindas? Especialmente quando são pequeninas e brincalhonas? Parece que o zoo de Lisboa tem agora mais três crias de Tigre, desta vez foi o tigre de sumatra que teve estas lindas crias. Posso dizer que fiquei lá bastante tempo a observá-las enquanto brincavam entre elas fazendo as delicias aos vizitantes que passavam. Uma delas, a mais reguila, andava sempre a desafiar os irmãos e por vezes chegavam a estar os três a morderem-se uns aos outros ao mesmo tempo. Mas para além da brincadeira toda, também gostam de observar os visitantes e por vezes vir fazer-lhe uma visita, qualquer coisa interessante serve, seja uma mochila a abanar ou umas mãos nos vidros, elas vinham logo ver o que se passava e permaneciam um bocado a observar-nos a nós.

Tigre de Sumatra
Sumatran Tiger
Panthera tigris sumatrae

É o mais pequeno dos tigres sobreviventes, o seu tamanho facilita a sua movimentação pela floresta densa. Os machos medem cerca de 204cm e pesam 136kg, as femêas são mais pequenas, medindo 198cm e pesando cerca de 91kg. As suas riscas sao mais pequenas que as das outras espécies.
Eles caçam principalmente mamíferos de grande porte e por vezes pequenos mamíferos, também pescam. O seu habitat natural varia entre as baixas florestas e as florestas montanhosas da ilha de Sumatra. A maior parte do seu habitat encontra-se sem protecção, sendo que apenas 400 indivíduos habitam parques e reservas nacionais.
A desflorestação resultante da produção de oléo de palmeira é a causa principal do desaparecimento da espécie.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

..goodbye little friend..



É sempre dificíl quando um animal de estimação morre... Todos já perdemos um, seja um cão, um gato, um piriquito. Este pequenino passou por muita coisa, muita coisa mesmo, mas já lá vou. É uma das crias da cinza, o gerbilo mais fixe que alguma vez conheci. No inicio eram 4 machos numa só gaiola, era impossível distingui-los, eram idênticos à mãe e todos iguais... Não havia uma manchinha, um bigode a menos, nada que desse para os distinguir, e eu adorava dar-lhes de comer, porque punha sementes de girassol na mão e a mão na gaiola, nunca me morderam mas criavam sempre uma confusão porque nunca dava para estarem os 4 a comer ao mesmo tempo, e quando o faziam parecia que estavam à mesa, isto porque eles tendem a comer apoiados apenas nas patas traseiras.
Um dia, não sei lá muito bem porquê, instalou-se a confusão na gaiola dos 4 machos. Tive que retirar um para uma outra gaiola, pensando ter solucionado o problema, mas não durante muito tempo. Num dos dias seguintes este pequenote estava cheio de sangue e com a cauda quase toda comida, já nem havia cauda literalmente. Eu estava a dar em maluco, não sabia o que fazer, então decidi separá-los a todos. Enquanto não arranjei as gaiolas este pequenote ficou num caixote, ele nem se mexia... Estava a tremer, não andava e tinha uma respiração muito lenta, ainda pensei levá-lo ao veterinário, mas eles não ligam com este tipo de situações (só para abater) só o hospital, e não tenho dinheiro para isso... Mas também achava que n devia desistir dele assim. Peguei na caixa e deixei-a no meu quarto, e estava sempre a ver como ele estava, se ainda estava vivo e se se alimentava, e não sei bem porquê mas quando me deitava acordava de hora a hora para confirmar que estava tudo bem com ele. Isto durou uma semana e meia, mas felizmente ele recuperou.
Passou quase um ano depois desse incidente, e o que para muitos era para abater, para ele foi uma vitória... Ficou sem cauda, mas permaneceu vivo e vai permanecer no meu coração, porque mesmo quando estamos muito mal, não devemos desistir e não devemos deixar a nossa vida na mão de outros.
...goodbye little friend and thank for all the good times...

domingo, 1 de novembro de 2009

Coruja das Neves a comer



Adoro esta foto, embora seja uma bocado macabra, mas boa para o halloween, foi tirada no segundo exacto e acho que tive muita sorte, visto a cabeça do pinto que ela estava a comer ter ficado virada para mim. Para acalmar certas pessoas, o pintainho já estava morto quando a coruja decidiu devorá-lo, o mais engraçado foi que ela foi buscar a comida à tijela e parou mesmo à minha frente para se deliciar. O mais dificil nesta fotografia foi conseguir fazer desaparecer as grades, que possuia buracos muito pequenos e que aparecem nas fotos (normalmente), e visto ela estar muito perto de mim, dificultou-me um bocado a tarefa.


Coruja das Neves
Snowy Owl
Nyctea scandiaca

Medem entre 53 e 65 cm de comprimento e podem pesar até 3 kg. São encontradas exclusivamente na tundra. A sua alimentação consiste em lémingues, mas também Lebres do Árctico, ratos, marmotas, esquilos, cães da pradaria, patos, gansos de tamanho médio e ocasionalmente peixe e cadáveres.
Caça esperando pela sua presa num ramo alto, faz isto porque possui a habilidade de rodar a cabeça até cerca de 270 graus. Elas são altamente diurnas e as suas presas podem ser capturadas no solo, no ar ou à superfície da água.

Foto tirada no Zoo de Lagos
© All Rights Reserved

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Caranguejo


Ora aqui está uma fotografia difícil de tirar. Eles são muito assustadiços e qualquer movimento que se faça e eles voltam para dentro das suas tocas. Para o fotografo é algo muito mau, porque significa permanecer imóvel durante vários minutos e no meio da lama… Podia ter ficado melhor, não fosse a preguiça do fotografo em se deitar na lama, para ficar ao mesmo nível que eles. Apenas coloquei o joelho no chão e esperei, passados 4 a 6 minutos e lá estavam eles a sair das tocas, apenas se viam olhinhos a espreitar das tocas e de repente as grandes pinças que eles possuem. Passado um bocado estavam todos cá fora, embora alguns um bocado longe, mas fica a ideia para novas fotografias.

Caranguejo-Violinista
Fiddler crab
Uca tangeri

Os machos diferenciam-se das fêmeas por apresentarem uma das pinças maior que a outra, mas a sua utilização é meramente ligada à reprodução.
Habita a zona intertidal, ou zona entremarés, e por isso apenas sai na altura da maré baixa. A sua alimentação consiste em filtrar a areia por alimento, o resto do tempo passa-o a arranjar a entrada para a sua toca.

domingo, 25 de outubro de 2009

Íbis-Preta



Íbis-Preta
Glossy Ibis
Plegadis falcinellus

Foto tirada na Quinta do Lago, embora seja um complexo de golfe, existe um lago que se encontra cheio de vida selvagem. Muitas aves escolhem este local para se reproduzirem, ou permanecerem. A ave na foto é uma ibis-preta, é facilmente reconhecida devido ao seu bico caracteristico, semelhante ao dos maçaricos, patas e pescoço longos. A plumagem é castanha púrpura escura, com reflexos verdes nas asas.

Em voo, projecta as patas para além da ponta da cauda, sendo o batimento de asas mais mecânico e intercalado com deslizes curtos.

Reproduz-se em colónias, em pântanos pouco profundos e com muita vegetação. Nidifica em árvores ou em caniços. No Inverno desloca-se para África e apenas regressa em abril. A sua alimentação consiste em insectos e rãs.


Bibliografia:
Mullarney, K., Svensson, L., Dan Zetterström, Grant, P. J. (2003) Guia de Aves – Guia de Campo das Aves de Portugal e Europa. Assírio & Alvim, Lisboa.

domingo, 11 de outubro de 2009

Ganso Patola prestes a mergulhar...



"Abram alas!!! Aqui vai missil!!! era este o aviso dos gansos patolas, eles davam um pequeno aviso e ai iam eles direitos à água como um missil, quem não se desviásse levava com eles em cima. As gaivotas e as outras aves marinha já conhecem o procedimento. Mergulham de uma altura entre os 10 e os 40 metros, e atiram as asas para trás quando estão prestes a entrar na água, de forma a que o corpo fique mais aerodinâmico e hidrodinâmico, e também para evitar possiveis lesões nas asas devido ao impacto com a água.

Alcatraz ou Ganso Patola
Gannet
Sula bassana

Formam colónias ao longo de costas rochosas e em ilhas inacessíveis. Fora da época de reprodução desloca-se em alto mar. São geralmente fáceis de identificar graças à sua dimensão considerável, às asas longas e estreitas e ao voo característico.

Bibliografia:

Mullarney, K., Svensson, L., Dan Zetterström, Grant, P. J. (2003) Guia de Aves – Guia de Campo das Aves de Portugal e Europa. Assírio & Alvim, Lisboa.