GUIA DE FAUNA DA TAPADA DA AJUDA

Todos os posts relativos ao meu livro GUIA DE FAUNA DA TAPADA DA AJUDA! Desde "Como Comprar", a todas as notícias e entrevistas que sairam relativamente ao guia. Se necessitar de mais informações basta entrar em contacto através do e-mail onwild@dophotography.net. Muito obrigado a todos.

MINI-ARTIGOS SOBRE AS ESPÉCIES

Nesta secção encontram-se mini-artigos sobre as espécies, de forma sucinta e clara, ficamos a conhecer um pouco mais sobre a nossa fauna. Ilustrados com as melhores fotografias da espécie.

AS MINHAS MISSÕES

Ao contrário dos artigos, nas missão explico como consegui fotografar as espécies (ou observar). O que sofri e as peripécias para as conseguir fotografar tranquilamente e sem as perturbar.

TRUQUES E DICAS

Nesta secção poderá encontrar alguns truques e dicas sobre fotografia de vida selvagem e de natureza, desde as técnicas utilizadas na máquina como algumas das técnicas utilizadas no terreno.

ABRIGOS

Para além dos vários truques, existem também alguns abrigos já montados que podemos frequentar em Portugal e outros tantos em Espanha. Serão apenas colocados abrigos que tenha frequentado.

UM MÊS...UMA AVE

A Fundação Calouste Gulbenkian com o apoio científico da Fundação Luis de Molina e da Universidade de Évora apresenta nos jardins da fundação em Lisboa o projeto "UM MÊS...UMA AVE". Todos os meses foi apresentada uma espécie presente nos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian. A lista de espécies do primeiro ano está terminada.

Canal Youtube onWILD

Novo canal no youtube destinado apenas a filmagens de vida selvagem. Subscrevam.

Definições Canon 7D Mark II

As definições que utilizo na minha máquina para a fotografia de aves.

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sábado, 13 de agosto de 2016

Truques: Anfibios - Fase Terrestres


Os anfíbios são um dos grupos de vertebrados mais temidos pela população em geral, quer pelo seu aspecto, quer devido a todos os mitos que se dizem acerca deles. No entanto, são um dos grupos mais importantes na conservação dos habitats. Os anfíbios podem ser utilizados como bioindicadores, em estudos de conservação é possível verificar a tendência das populações e a quantidade de indivíduos com infeções, as tendências decrescentes devem-se sobretudo à poluição ou à destruição dos seus habitats. E também são muito importantes no combate à maioria das pragas de insetos que provocam prejuízos na agricultura, nomeadamente lesmas, caracóis e escaravelhos. Ou seja, são amigos dos agricultores e das pequenas hortas.




No entanto, os mitos e lendas que os rodeiam conferem-lhes muito negativismo, originando mortes desnecessárias. A sua presença é muito vantajosa para o ser humano: os adultos alimentam-se de insetos terrestres e as larvas alimentam-se de larvas de insetos, como as larvas de mosquitos que mais tarde poderão ser vectores de muitas doenças prejudiciais para o ser humano.

Leia todo o conteúdo em: 

Truques para fotografar Anfíbios na Fase Terrestre

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Abrigos: EVOA

Flamingo (Phoenicopterus roseus)
Foi difícil de conquistar-me, mas ganhou um lugar especial no meu coraç… na minha câmara fotográfica. No EVOA podemos encontrar três abrigos de observação, os primeiros a serem construídos, e mais recentemente um abrigo dedicado à fotografia de vida selvagem. Dos abrigos de observação dificilmente se conseguem obter fotografias com uma boa (para não dizer excelente) qualidade. No entanto, a história é outra quando falamos do abrigo fotográfico.

Colhereiro (Platalea leucorodia)
Alfaiate (Recurvirostra avosetta)

Este novo abrigo encontra-se mesmo por cima da linha de água de uma das lagoas, com algum azar poderemos mesmo deixar cair alguma coisa na água, este aspecto é deveras importante para as fotografias saírem com uma composição mais apelativa. A segunda grande vantagem é que o abrigo permite-nos ficar realmente perto das aves, não só as fotografamos melhor, mas como as conseguimos observar sem recurso a binóculos. O que permite observar outros pormenores que depois capturamos numa fotografia única.
Pernalonga (Himantopus himantopus) 

Milherango (Limosa limosa)
Para mais informações sobre a utilização deste abrigo deverá entrar em contacto com o EVOA, quer através do seu website http://www.evoa.pt/ ou através do e-mail evoa@evoa.pt.

Abrigos: Faia Brava

Grifo (Gyps fulvus)
Um dos locais que mais gostei de fotografar foi na Faia Brava. Este local único torna-se ainda mais especial por ficarmos completamente embrenhados na natureza. Sem luz ou água canalizada, mais concretamente sem os problemas da sociedade moderna e sem as confusões ou stresse das grandes cidades. Aqui estamos livres dos e-mails, do facebook e de tudo o resto. Quando o sol se põem acaba-se a luz, não há um interruptor ao virar da esquina, e tudo passa a ser feito com recurso a lanternas (nada de velas, pois há sempre o risco de causar um incêndio desnecessário). É simplesmente brutal e mais do que recomendado. 
Relativamente à fotografia de vida selvagem, neste caso de aves. A ATN (Associação de Transumância e Natureza) construiu um excelente comedouro com abrigo fotográfico para aves necrófagas, ou seja, para abutres e milhafres. No dia que tive oportunidade de utilizar o abrigo fotografei um bando de grifos (Gyps fulvus) a alimentarem-se com as confusões habituais, um milhafre-preto (Milvus migrans) que descia quase a pique e apanhava um bocado de comida, preferindo comê-la em pleno voo, e finalmente apareceu um britango ou abutre-do-egipto (Neophron percnopterus). Embora o abrigo esteja um bocado de lado em relação ao sol (quando este nasce), o local permite fotografias excelentes destas magníficas aves e usualmente muito perto do abrigo.

Milhafre-preto (Milvus migrans)
Para mais informações deverá consultar o website da ATN e a página sobre o Abrigo dos Grifos na Faia Brava.

domingo, 20 de setembro de 2015

Truques: Guarda-rios

Guarda-rios (Alcedo atthis) fotografado numa albufeira.
O guarda-rios (Alcedo atthis) é uma das aves mais belas que ocorre em Portugal. Como qualquer outra espécie, antes de sair para o terreno para a fotografar há que fazer o trabalho de casa e estudar a sua ecologia. Esta espécie pode ser facilmente encontrada, pois os seus habitats preferenciais são margens de rios, ribeiras, lagoas, charcas, entre outras zonas húmidas. Esta seleção deve-se ao facto de o guarda-rios se alimentar de animais aquáticos, como peixes, anfíbios, larvas de insetos, entre outros.

Guarda-rios (Alcedo atthis) fotografado numa albufeira.

Com todas as informações em mente, podemos ir para o terreno procurar um local com habitat propício e com os recursos alimentares adequados. Ou seja, um ponto perto de uma linha de água ou de uma albufeira são os ideais. Depois de definirmos o local é necessário realizarmos algumas observações, de forma a determinarmos quais os locais onde eles poisam e qual a melhor altura para os fotografarmos. A primeira coisa que irão constatar é que eles escolhem usualmente poisos mesmo sobre a água, de forma a observarem os movimentos dos peixes e terem uma boa base de lançamento para o seu ataque final. Ora, estes poisos tendem a ser inacessíveis ou a não proporcionarem a fotografia mais bonita. O truque é providenciar um poiso adequado, tanto para ele pescar facilmente, como para nós o fotografarmos facilmente.

Guarda-rios (Alcedo atthis) fotografado numa charca.

A escolha do poiso é um dos aspetos fundamentais, eu tenho o hábito de usar um tronco que apanhe caído no chão, como biólogo que sou, não gosto de andar a cortar troncos ou árvores. De preferência um tronco perto do local onde vou montar o abrigo, fácil de transportar e que retrate o local onde irei fotografar o guarda-rios. Mas se escolherem um local perto de casa, podem “roubar” um tronco a uma das árvores de fruto (dos avós) e utilizá-lo como poiso. Com o tronco colocado há que testar o material, verificar se as fotografias ficam como desejamos quando a ave poisar nos locais que montámos. Eu prefiro montar dois a três poisos, com fundos diferentes, e assim deixar a ave decidir. Pode ainda dar-se o caso de a ave utilizar os vários poisos numa mesma sessão fotográfica, e assim parece que fotografámos em locais e condições diferentes.

Guarda-rios (Alcedo atthis) fotografado numa charca.
A distância a que os poisos ficam da água ou da margem é irrelevante para eles, podemos colocá-los perto do abrigo ou mais longe. O que é vantajoso é possuírem alimento mesmo por baixo dos poisos, para serem mais fáceis de atrair. As fotografias foram obtidas utilizando um abrigo móvel, que coloco no próprio dia um pouco antes do sol nascer.
Guarda-rios (Alcedo atthis) fotografado numa charca.


Resumo:
Habitat – rios, ribeiras, lagos, lagoas, albufeiras, zonas húmidas;
Alimentação – peixes, anfíbios;
Equipamento – abrigo, poisos, tele-objectiva, galochas;

Época do Ano – todo o ano