GUIA DE FAUNA DA TAPADA DA AJUDA

Todos os posts relativos ao meu livro GUIA DE FAUNA DA TAPADA DA AJUDA! Desde "Como Comprar", a todas as notícias e entrevistas que sairam relativamente ao guia. Se necessitar de mais informações basta entrar em contacto através do e-mail onwild@dophotography.net. Muito obrigado a todos.

MINI-ARTIGOS SOBRE AS ESPÉCIES

Nesta secção encontram-se mini-artigos sobre as espécies, de forma sucinta e clara, ficamos a conhecer um pouco mais sobre a nossa fauna. Ilustrados com as melhores fotografias da espécie.

AS MINHAS MISSÕES

Ao contrário dos artigos, nas missão explico como consegui fotografar as espécies (ou observar). O que sofri e as peripécias para as conseguir fotografar tranquilamente e sem as perturbar.

TRUQUES E DICAS

Nesta secção poderá encontrar alguns truques e dicas sobre fotografia de vida selvagem e de natureza, desde as técnicas utilizadas na máquina como algumas das técnicas utilizadas no terreno.

ABRIGOS

Para além dos vários truques, existem também alguns abrigos já montados que podemos frequentar em Portugal e outros tantos em Espanha. Serão apenas colocados abrigos que tenha frequentado.

UM MÊS...UMA AVE

A Fundação Calouste Gulbenkian com o apoio científico da Fundação Luis de Molina e da Universidade de Évora apresenta nos jardins da fundação em Lisboa o projeto "UM MÊS...UMA AVE". Todos os meses foi apresentada uma espécie presente nos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian. A lista de espécies do primeiro ano está terminada.

Canal Youtube onWILD

Novo canal no youtube destinado apenas a filmagens de vida selvagem. Subscrevam.

Definições Canon 7D Mark II

As definições que utilizo na minha máquina para a fotografia de aves.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Estoril Open 2011 - Dia 3 Inicio da Competição

No terceiro dia do Estoril Open 2011 os jogos principais iriam decorrer todos no Court Central onde é muito dificil fotografar (e como vou lá estar sempre não quero que me decorem e assim posso aproveitar quando tiverem lá os big bosses do tenis) e por isso não possuo nenhum registo, à excepção do Gastão (mas já lá chego). Devido à falta de jogos, decidi mostrar um pouco o que é o ambiente no Jamor.


No inicio do dia havia um dos últimos jogos do qualifying masculino, entre Pedro Sousa e o espanhol Albert Ramos. O vencedor foi Pedro Silva depois de uma dura batalha campal que durou mais de 2h, no final os parciais foram de 4-6, 7-5 e 7-5. (Mais fotografias em Estoril Open 2011)

Queda de Albert Ramos
No último set, o espanhol Albert Ramos sofreu uma queda aparatosa depois de ter escorregado demasiado na terra batida, caindo mesmo sobre a sua raquete o que resultou em 4 cortes nas costas (mesmo na zona da coluna). Depois do fisioterapeuta ter entrado no court o espanhol recompôs-se e voltou ao encontro. (Mais fotografias em Estoril Open 2011)

Pedro Sousa
Depois deste jogo apenas restavam dois grandes jogos no court central, o do Rui Machado com Victor Hanescu, este último saiu vencedor por duplo 6-3, e o jogo entre João Sousa e Gastão Elias. Este último jogo terminou com uma desistência de Gastão Elias devido a uma "Full Body Cramp", de acordo com o comunicado oficial pelo Estoril Open. (Mais fotografias em Estoril Open 2011)

Gastão Elias a receber tratamento à lesão contraida durante o jogo
No final Gastão Elias saiu cabisbaixo e triste por ter desistido devido a uma lesão.

Gastão Elias à saida do seu encontro com João Sousa
Para quem nunca foi ao Estoril Open, aqui ficam algumas fotografias do ambiente que se cria neste espectaculo unico no pais. (Mais fotografias em Estoril Open 2011)

A casa de apostas da BetClic realiza aposta em pleno Estoril Open

O vencedor da aposta ganha um iPad

O BES oferece todos os anos pipocas grátis ao público

É habitual jogar-se PS3 e XBOX

Vai um joguinho?

Os jogadores partem imensas cordas e por isso existem diversos especialistas sempre prontos para lhes arranjar as cordas de acordo com as suas preferencias

O break point com os comes e bebes
Para saber como é realmente o ambiente, nada como ir um dos dias e vivê-lo. (Mais fotografias em Estoril Open 2011)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Estoril Open 2011 - Dia 2 Qualifying

Frederico Gil
No segundo dia da maior competição de tenis do pais o sol e as temperaturas altas estavam "de volta" e prometem ficar até ao final da competição. Os jogos que foram adiados do dia anterior estavam no inicio da agenda do dia, começando pelo confronto entre Patricia Martins e Shengnan Sun da China. Este jogo ainda a contar para a primeira ronda dos qualifying femininos foi ganho pela chinesa pelos parciais de 6-3 e 6-2. (mais fotografias em Estoril Open 2011)

Patricia Martins
Noutro encontro que envolveu portugueses, Francisco Dias derrotou Diogo Rocha pelos parciais de 6-1 e 6-4. Francisco Dias voltou a jogar a meio da tarde com Frederik Nielsen, perdendo por 6-4 e 6-1, este jogo decorreu no court central e por isso não possuo nenhum registo fotográfico. (mais fotografias em Estoril Open 2011) 
Francisco Dias
No jogo alto do dia, Pedro Sousa derrotou o russo Andrey Kumantsov pelos parciais de 6-3, 2-6 e 6-3, com alguma confusão à mistura. O russo teve um comportamento vergonhoso devido a alguma (suposta) falta de respeito por parte de alguns elementos do público, mas aos olhos do público em geral pareceu mais uma birra de mal perdedor. (mais fotografias em Estoril Open 2011)

Andrey Kumantsov a queixar-se ao arbitro
Como é possivel verificar na fotografia anterior, a discussão ficou acesa entre o russo e o arbitro. O centro da discussão era que quando ele estava para servir havia pessoas do público que falavam ou incomodavam o russo. Algumas das vezes queixou-se das palmas do público a favor do português, que foram prontamente interrompidas pelo árbitro. Mais à frente chegou a dirigir-se para uma pessoa do público para mandá-lo calar, ao que a pessoa respondeu: "Just play!" provocando uma vaia geral por parte do público, o desportivismo esgotou-se e o russo ameaçou mesmo atirar uma bola em direccção ao público e foi a gota de água, o arbitro advertiu-o para mais uma queixa ou discussão e não terminaria o jogo. (mais fotografias em Estoril Open 2011)

Pedro Sousa à espera que o russo se cansasse dos protestos
O jogo seguinte opôs a espanhola Beatriz Garcia Vidagany e a romena que derrotou Margarida Moura na primeira ronda, Madalina Gojnea. A espanhola saiu vitoriosa pelos parciais de 1-6, 7-6 e 6-3, embora tenha tido um percalço já no final do último set ao sofrer uma pequena lesão na coxa direita, depois de assistida pelo fisioterapeuta, que lhe colocou uma imensa ligadura. (mais fotografias em Estoril Open 2011)
Beatriz Garcia Vidagany no momento da lesão
O último jogo foi entre David Marrero e Flavio Cipolla, o vencedor foi Cipolla pelos parciais de 6-7, 6-3 e 6-2. O italiano será o adversário de Frederico Gil na primeira ronda do quadro principal a ser disputado nesta terça-feira. (mais fotografias em Estoril Open 2011)
Flavio Cipolla

domingo, 24 de abril de 2011

Estoril Open 2011 - Dia 1 Qualifying

 1ª Ronda do Qualifying
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Ana Claro
No primeiro dia do Estoril Open a chuva teimava em estragar os planos e todos os jogam foram sendo constantemente adiados. Durante todo o fim de semana e parte de segunda-feira iriam decorrer jogos de qualifying, ou seja, para apurar mais jogadores a entrarem no quadro principal do torneio. O primeiro jogo do centralito seria do qualifying feminino e opós Ana Claro e a alemã Laura Siegemund, que foi ganho pela alemã pelos parciais de 6-3 no primeiro set e por 6-0 no último set. (mais fotografias em Estoril Open 2011)




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Pedro Sousa
No segundo jogo a que tive oportunidade de assistir foi entre dois portugueses, Pedro Sousa e Gonçalo Pereira. Este jogo da primeira ronda do qualifying masculino foi ganho por Pedro Sousa pelos parciais de 6-0 no primeiro set e por 6-4 no segundo set. (mais fotografias em Estoril Open 2011)


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Arranjar os campos depois da chuva
Por volta da hora do almoço voltou a chuver com mais intensidade o que obrigou a nova suspensão dos jogos, que foram retomados mal a chuva cessou. O problema que a chuva trás é encharcar os campos e tornar a terra batida em lama, para isso é necessário protegê-los com uma lona e quando esta é recolhida é também necessário verificar o estado do terreno e colocar mais terra batida se necessário. (mais fotografias em Estoril Open 2011)


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Margarida Moura
Por fim, foi a vez de Margarida Moura pisar a terra do Jamor no centralito defrontando Madalina Gojnea para a primeira ronda do qualifying feminino, embora tenha sido derrotada pelos parciais de 6-1 e 6-0 mostrou ter garra para jogar ao mais alto nivel. (mais fotografias em Estoril Open 2011)

Por motivos de força maior, não é possivel tirar fotografias no court central e por isso, os resumos aqui apresentados são apenas dos jogos decorridos no centralito e nos outros courts. Os resultados dos restantes jogos podem ser consultados no site oficial da competição, Estoril Open Site Oficial.

terça-feira, 19 de abril de 2011

WPW - Wildlife Photo Workshop


Coruja-ladradora, Ninox novaeseelandiae
No passado sábado, 16 de Abril de 2011, decorreu um workshop inovador desenvolvido pela Canon Portugal e pela Colorfoto no Badoca Safari Park e que trouxe a Portugal Jonathan e Angela Scott. Os embaixadores da Canon mais conhecidos pelo excelente trabalho que tem desenvolvido no Masai Mara, podemos "vê-los" nos documentários da BBC "Big Cat Diary" e também pelas maravilhosas fotografias que partilha com o mundo através de várias revistas especializadas. (Mais fotografias em WPW)

Abelharuco-Comum, Merops apiaster
Eram 7h da manhã e a porta do centro comercial vasco da gama era o ponto de encontro, o céu estava vermelho com o nascer do Sol, prevendo desde cedo um excelente dia para fotografar. Por volta das 9h30 já haviamos chegado ao Badoca Safari Park, 140 participantes encontravam-se concentrados na esplanada do restaurante, a admirar a paisagem e começavam os primeiros avistamentos. Para quem nunca lá foi, o restaurante possui uma vista priveligiada sobre uma pequena lagoa e é possível observar as zebras, gnus ou avestruzes que costumam por lá vaguear. Mas para mim o primeiro avistamento "oficial" foi de uma pequena colónia de Abelharucos que têm construido ninho nas redondezas (mais precisamente nas encostas da pequena lagoa). Apenas consegui esta foto, aproximei-me com cuidado com a minha 300mm (--') e tirei duas ou três fotos, ainda consegui observá-lo com uma abelha no bico, mas mais tarde apareceram mais dois fotografos mais bem equipados fotográficamente mas mal equipados mentalmente pois aproximaram-se na maior, de peito erguido quando eu quase fui a rastejar até uma árvore e permaneci sempre atrás dela, apenas mostrando a máquina. Com isto tudo eles fujiram para umas árvores mais longes e nunca mais se aproximaram. (Mais fotografias em WPW)

Gorgulho
A primeira actividade do dia seria uma palestra dada por Jonathan e Angela Scott, mas antes disso foi servido o pequeno almoço, o qual dispensei rapidamente para aproveitar a luz e tirar umas quantas macros nos arbustos das redondezas. A palestra foi magnifica, onde ficamos a conhecer um pouco melhor a familia Scott e tudo o que tem vindo a desenvolver nos últimos 14 anos, mas que não vou entrar em pormenores (deviam ter ido, mas eles são muito simpáticos e encontram muita informação no site deles). Depois disso foi o almoço e servir 140 pessoas leva algum tempo, logo voltei para as macros. (Mais fotografias em WPW)

Depois do almoço iam finalmente começar as sessões fotográficas, a primeira da equipa gorila era a ilha dos primatas, da qual não tenho nenhuma fotografia devido aos inumeros fios e estruturas demasiado humanas. De seguida, fomos para o show das aves ao ar livre. Aí tivemos inclusivé oportunidade de observar o "mestre" em acção, Jonathan Scott aproveitou também ele para tirar umas fotografias às maravilhosas aves de rapina que foram apresentadas. Vimos desde águias, corujas e mochos e podemos observá-los em ação, se nunca foi ao Badoca Safari Park recomendo-o a ir para observar tamanha beleza. (Mais fotografias em WPW)
Águia de Harris (Parabuteo unicinctus)
Urubu de Cabeça Vermelha, Cathartes aura
Por volta das 17h30 começamos a entrar para o comboio do Safari e lá fomos nós à aventura. Desde avestruzes, búfalos, cabras de leque, cobos, elandes, gamos, girafas, gnus, impalas, nandus, órixes, palancas negra, pecaris, tigres, veados e zebras, todos eles podem ser observados a vaguear livremente dentro do espaço do safari, parecendo realmente um safari. Aqui ficam algumas fotografias: (Mais fotografias em WPW)

Avestruz, Struthio camelus

"Mommy is very angry!" - Avestruzes, Struthio camelus


Cobo de Leche, Kobus leche leche
Depois do safari as equipas voltaram à base, o restaurante, para imprimir algumas fotografias e uma palestra, desta vez Jonathan Scott ia comentar algumas fotografias tiradas pelos participantes (e impressas no momento). No fim, ainda houve tempo para ir pedir um autógrafo ao Jonathan, com a fotografia que tinha acabado de imprimir, e ouvir o que ele tinha para dizer: "Uau!! Magnific photo, love the eye and background out of focus."
E assim terminou um grande workshop, venham mais como este. Muito obrigado à Canon e à Colorfoto pela excelente organização e muito obrigado a Jonathan e Angela Scott pela partilha e os ensinamentos, talvez um dia nos voltaremos a encontrar (mas de outra forma). (Mais fotografias em WPW)

Lagartixa-do-Mato - foto que está autografa

quarta-feira, 30 de março de 2011

Insectos Polinizadores - As Abelhas

Abelha a alimentar-se num lado da flôr e aranha à espera de uma presa (do seu tamanho) do outro lado. O perigo espreita a cada esquina.

Abelha a preparar-se para levantar vôo.


Os insectos polinizadores são responsáveis pelos maravilhosos campos coloridos de flores que podemos apreciar durante a Primavera, e pelas flores dos nossos quintais e cidade. A sua principal função é transportar o pólen de flôr em flôr, e para isso necessitam de um incentivo que provêm das próprias flores, normalmente em forma de néctar.

Existem vários tipos de insectos polinizadores, desde borboletas, abelhas, moscas, etc. E cada um transporta o pólen à sua maneira, neste caso devido a certas caracteristicas fisiológicas que possuem. As flores evoluiram com os insectos e estes evoluiram com as flores, criando uma estreita ligação entre ambos. Nalguns países existem flores que apenas são polinizadas por uma única espécie de insecto (como algumas traças da familia da esfinge-beija-flôr, Macroglossum stellatarum, a qual fotografei recentemente e irei postar aqui).
Pode-se observar os grãos de pólen agarrados às patas e antenas.


As abelhas podem transportar o pólen quase pelo corpo todo, sendo possivel observá-lo nas suas patas, antenas, asas, dorso e ventre. O néctar é levado para as colmeias e depois transformado em mel pelas enzimas digestivas das mesmas e armazenado em favos.

Na China o desaparecimento das abelhas originou uma polinização manual por parte dos agricultores, causando elevados prezuidos financeiros e aumento do preço dos alimentos. Este método, mais moroso, é realizado por várias pessoas durante a Primavera e consiste em recolher o pólen com um pincel e depois usá-lo noutras flores para as polinizar, como se pode imaginar exige muita mão de obra e muitas horas de trabalho.


A abelha mais usada pelos apicultores europeus é a Apis mellifera, e podemos facilmente encontrá-la nos nossos quintais ou jardins.

segunda-feira, 7 de março de 2011

"The world isn't poor, the wealth is only badly distributed."


"The world isn't poor, the wealth is only badly distributed." by Diogo Oliveira

sábado, 20 de novembro de 2010

A Magnifica Borboleta Almirante Vermelho

Almirante Vermelho
Red Admiral
Vanessa atalanta

É uma espécie com uma grande distribuição, pode ser observada na Europa, no Norte de África, na Ásia e na América do Norte. Pertence à família Nymphalidae, e em Portugal é uma espécie frequente por todo o país. Os indivíduos adultos preferem zonas abertas com flores, como charcos, bosques, prados, jardins e florestas pouco densas. Nos meses mais frios os individuos desta espécie migram para paragens com um ambiente mais favorável à sua sobrevivência, chegando a percorrer cerca de 3000 km.


É facilmente identificável pela sua coloração. Possui uma coloração marron, vermelho e preto nas asas, mais especificamente, as asas pretas possuem bandas de coloração alaranjada que atravessam as asas dianteiras e ocorrem na borda externa das asas traseiras. Possui manchas brancas na parte dorsal das asas dianteiras, e marcas avermelhadas em todas as asas. Esta coloração oferece-lhe camuflagem contra os seus predadores naturais, as aves, isto é, quando pousa em locais abertos ou zonas rochosas, ela fecha as asas e fica quase invisível devido à coloração variada na face inferior, em zonas com flores ela mantém as asas abertas de forma a confundir-se com a paisagem colorida. As lagartas possuem uma coloração entre o amarelo e o preto e espinhos ramificados que lhes fornecem protecção.

As fêmeas depositam os ovos em folhas de urtigas e passado uma semana eclode uma lagarta, estas criam um abrigo usando as folhas e onde permanecem e se alimentam, originando mais tarde a pupa. Os adultos emergem da pupa entre 2 a 3 semanas depois.

A lagarta alimenta-se principalmente de urtigas (Urtica spp.) e parietárias (Parietaria spp.), sendo bastante vorazes. Os adultos alimentam-se do néctar de flores, frutos maduros (já em fermentação) e seiva das árvores.

Os machos são bastante territoriais, patrulhando-os constantemente na esperança de encontrarem uma fêmea, se algum macho invadir o seu território é pronta e energeticamente repelido com recurso a diversos voos acrobáticos.

Este exemplar foi fotografado nas Berlengas.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Toirão, o belo Carnívoro

Toirão
European Polecat
Mustela putorius

É um pequeno carnívoro de hábitos discretos e distribuído por todo o continente, embora a sua situação populacional seja pouco conhecida.

Possui um corpo alongado e cilíndrico. A cabeça é pequena e achatada, possui orelhas pequenas e arredondadas, e as patas são curtas. É facilmente identificável devido à sua pelagem lisa, que é densa e sedosa, o dorso é castanho escuro, os flancos são claros, o ventre é negro e a cauda tem uma coloração escura, sendo tufada. Possui uma mancha branca ao redor da boca e queixo e também ao redor dos olhos e orelhas.

Existe por toda a Europa com excepção da Península Balcânica, nas ilhas mediterrânicas, Irlanda e Islândia. Ocorre por todo o território continental e a sua presença encontra-se descrita em quase todas as áreas protegidas, embora a população seja pouco abundante e a sua tendência populacional ser desconhecida. Existe falta de informação sobre a espécie e como tal possui o estatuto de insuficientemente conhecida. Prefere zonas húmidas, habitando áreas com a interface terra e agua, embora possa ocorrer em qualquer habitat que possua as suas presas. Escava o seu próprio abrigo, embora possa usar antigas tocas de coelho, raposa ou texugo, e também se pode refugiar em fendas entre rochas. As tocas têm pelo menos uma câmara de dormida e outra de armazenamento de alimento.

A sua dieta é carnívora, sendo um predador generalista, alimenta-se principalmente de roedores e lagomorfos (coelhos e lebres), mas também de pequenas aves, anfíbios e peixes. Quando captura mais presas do que as que necessita cria reservas de alimento. O cio e o acasalamento ocorre entre Março e Abril, os machos são poligâmicos e cobrem as fêmeas que os aceitem. Nascem entre 3 a 7 crias por altura de Abril e Junho, o desmame ocorre no final do primeiro mês e elas tornam-se independentes aos 3 meses.

São animais solitários com actividades nocturnas e crepusculares, chegando a deslocar-se 7,5km todas as noites. A alteração e destruição do habitat são os principais factores de ameaça, embora também o sejam os atropelamentos devido ao tráfego rodoviário, o controlo de predadores e a caça furtiva devido ao valor da sua pele.



São difíceis de observar no habitat natural devido à sua discrição. As pegadas medem entre 3 e 3,5 cm de comprimento e 2,4 a 4 cm de largura e surgem por vezes apenas 4 dos seus 5 dedos. Os seus dejectos possuem entre 6 e 8 cm de comprimento e menos de 1 cm de largura, possuindo um odor nauseabundo e sendo constituídos por pêlos, penas e ossos.

Dados das Fotografias:
- 1ª foto: F/5    1/80    ISO-400    220mm
- 2ª foto: F/4    1/80    ISO-400    70mm
- 3ª foto: F/5.6    1/100    ISO-400    300mm
- 4ª foto: F/5.6    1/100    ISO-400    300mm
- 5ª foto: F/5.6    1/40    ISO-400    300mm

F/5.6    1/200    ISO-400    200mm

 F/5.6 1/200 ISO-400 200mm


 F/5.6    1/160    ISO-400    200mm

F/5.6    1/160    ISO-400    200mm

Bibliografia:

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A Migradora Rola-do-Mar

Rola-do-Mar
Ruddy Turnstone
Arenaria interpres

Pequena limícola visitante de inverno, ela percorre longas distancias entre as zonas de reprodução e de invernada, ocorrendo ao longo em toda a costa.

Possui entre 21 e 24 cm de comprimento e entre 44 e 49 cm de envergadura. As patas são alaranjadas e o bico é preto, sendo ambos curtos. A sua plumagem característica permite uma fácil identificação, possuem manchas pretas na cabeça e uma banda preta no peito contrastando com a coloração branca da parte inferior do corpo e apresenta um padrão muito marcado no dorso e nas asas. A plumagem nupcial é bastante colorida.

Tem uma distribuição Holárctica, o seu local de nidificação é no Árctico, ou seja, é uma espécie migradora que inverna na orla costeira de todos os continentes. Em Portugal é um visitante não reprodutor, que se pode observar tanto de inverno como durante a passagem migratória. Tem preferência por plataformas rochosas onde existam algas a cobrir as rochas, por vezes é possível observar em zonas com sedimentos arenosos, estuários, lagoas costeiras e pontões.

A sua alimentação consiste em invertebrados, principalmente de crustáceos e moluscos. O método utilizado na procura e captura de alimento varia com o habitat, época e disponibilidade de alimento, por vezes vira pedras, algas e outros objectos para capturar presas escondidas. Pode também alimentar-se de ovos de outras aves aquáticas.

Pode ser observada ao longo da costa durante o ano todo, embora seja mais abundante durante os meses de Agosto a Maio.

Dados das fotografias:
- 1ª foto: Peniche    F/10    1/400    300mm    ISO-200
- 2ª foto: Peniche    F/10    1/500    300mm    ISO-200
- 3ª foto: Peniche    F/10    1/400    300mm    ISO-200
 
Bibliografia:

www.naturlink.pt

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O Inteligente Golfinho-Roaz

Golfinho-Roaz ou Roaz-Corvineiro
Common Bottlenose Dolphin
Tursiops truncatus


Mamifero aquático altamente inteligente, sendo um dos melhores amigos do Homem no oceano e a quem se atribui o salvamento de muitas pessoas naufragadas, encontrando-as por vezes no meio dos destroços. É a espécie mais famosa e conhecida de golfinho, principalmente pelo seu papel desempenhado na famosa série de televisão “Flipper”, mas também pela sua distribuição mundial. Possui uma elevada capacidade de adaptação à vida em cativeiro o que facilitou o seu estudo e o tornou a espécie mais encontrada nos parques temáticos e jardins zoológicos. Comunicam uns com os outros através de silvos distintos, cliques e linguagem corporal.

Possui um aspecto robusto, uma coloração cinzento-castanho e o ventre de cor clara, o bico é curto e encontra-se bem demarcado, a barbatana dorsal é falciforme. Existem dois ecotipos, a forma costeira (mais clara e maior) e a forma oceânica. Os machos podem atingir os 3.9 m, enquanto as fêmeas chegam apenas aos 3.6 m. A época de reprodução varia consoante o hemisfério em que se encontram, Junho e Setembro no Norte e Dezembro e Março no Sul.

A gestação tem uma duração média de 12 meses, da qual nasce apenas uma cria de 2 em 2 ou de 3 em 3 anos. A cria “mama” entre 19 meses a 4 anos, o leite materno é rico em proteínas sendo lançado em esguicho para a boca da cria, que não possui lábio e não pode por isso mamar, durante este período a cria é treinada e fica ao cuidado de outros membros do grupo quando a progenitora vai caçar. A ligação entre a progenitora e a cria é tão forte que já se observou progenitoras a trazerem as suas crias mortas até à superfície para as ajudar a respirar.

Podem viver entre 12 e 40 anos, sendo que alguns indivíduos cheguem aos 50 anos. Vive em grupos familiares entre 10 e 25 indivíduos, tendo sido já registado um grupo com 500 indivíduos. Normalmente os golfinhos passam o seu tempo com os seus companheiros favoritos, as fêmeas e as crias pequenas nadam normalmente em conjunto, assim como os machos. Deslocam-se a uma velocidade média de 20km/h podendo atingir os 40km/h, conseguem mergulhar a uma profundidade de 300m e suster a respiração por 20 minutos, dormem cerca de 8h por dia.

Alimentam-se entre 8 a 15kg de lulas, camarão, enguias e pequenos peixes por dia, normalmente caçam em grupo, encurralando pequenos cardumes e capturando aqueles que se afastam do cardume principal. Sabem tirar proveito das actividades marítimas do Homem, acompanhando os barcos de pesca e capturando os peixes que fogem das redes enquanto as mesmas são puxadas para dentro do barco, e banqueteiam-se dos peixes que os pescadores devolvem ao mar.

Habitam águas tropicais, subtropicais e temperadas de todos os oceanos, tanto nas zonas costeiras como em alto mar, por vezes chegam a entrar em baias, estuários, lagoas, canais e em rios. Em Portugal podem ser observados ao longo da costa de Norte a Sul, e no estuário do Sado, onde existe uma população residente, de apenas três existentes em toda a Europa.

Dados das fotografias:
- 1ª foto: tirada ao largo de Peniche    F/8    1/200    70mm    ISO-200
- 2ª foto: tirada ao largo de Peniche    F/8    1/640    300mm    ISO-200
- 3ª foto: tirada ao largo de Peniche    F/8    1/640    170mm    ISO-200

- 4ª foto: tirada ao largo de Peniche    F/6,3    1/320    70mm    ISO-200
- 5ª foto: tirada ao largo de Peniche    F/8    1/160    70mm    ISO-200